domingo, 18 de novembro de 2012

Irmã de obeso resgatado por guindaste batalha contra a mesma doença e mãe pede auxílio

Arisson Marinho/Correio

Foto: Arisson Marinho/Correio

“Tem sol, tem lua, tem mar”, enumera Aline Cortes Conceição, 27, sobre seu cotidiano. O mundo de Aline, porém, cabe numa cama de solteiro, onde fica a maior parte do tempo. A jovem é irmã de Wellington Cortes Conceição, 33, morto por embolia pulmonar na quinta-feira, no Hospital Roberto Santos, onde, com 220 kg, começaria tratamento contra obesidade.

Além dos 110 kg, o motivo de Aline praticamente não sair da cama é uma fratura no , que sofreu ao se jogar do 1º andar da casa do irmão. Ela também luta contra a obesidade. “Tenho medo de que ela chegue ao ponto dele”, admite a mãe, Marinalva.  As duas moram na Caixa D’Água.

O grande golpe nos irmãos foi a morte do pai, por doença de Chagas, 2 anos. Depois dissoAline foi diagnosticada com transtorno bipolar, entrou em depressão e ganhou em dois anos mais peso que nos oito anteriores, quando sofreu um atropelamento. “Antes ela tinha 40 e poucos quilos. Depois do acidente, chegou a uns 70 kg”.

Com 17, estava grávida de oito meses, mas perdeu Saulo Henrique no acidente. Como consolo, tem a Bíblia. “Minha esperança é a ressurreição”, diz, esperando encontrar o pai, o irmão e o filho. Ela hoje tem uma filha de 5 anos. “Meu sonho é voltar a estudar. Quero ajudar minha mãe”, ressalta.

A mãe pede auxílio. “Ela precisa de nutricionistapsicólogo”, diz. “Essa criança tem muitos traumas. É minha criança grande”, cita. Sem saber, Aline confirma: “Sabe qual é a música que resume minha vida?”, pergunta, emendando versos de Malandragem, de Cássia Eller. Quem sabe, Aline ainda seja mesmo uma garotinha. As informações são do Correio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário