Horas antes de ser assassinado na BR-324, durante operação policial, o pastor Gilmário Sales Lima, de 24 anos, apontado como “criminoso” publicou no Facebook: “amanhã to fazendo aniversário ein... Recebe-se presentes pelo correio viu gente kkkkkkk (sic)”, brincou.
O líder religioso foi morto na noite de quinta-feira (17) quando passava entre Feira de Santana e Conceição do Jacuípe. Com ele estavam Jeisivam Cristiano Dias Brito, 26 anos, e Enderson Almeida Souza Matos, 23 anos, conhecido como Rabicó, todos moravam na cidade de Feira de Santana, a cerca de 108 km de Salvador. O quarto homem foi identificado apenas como Fábio, conhecido como "Fabinho". Os corpos foram identificados no Departamento de Polícia Técnica (DPT).
A polícia, que investiga uma quadrilha de roubo de carros, recebeu uma denúncia anônima e localizou os suspeitos na rodovia. Ao fazer o cerco, segundo o delegado Jean Souza, titular da Delegacia de Repressão a Roubos de Cargas (Decarga), os homens teriam atirado e os policiais revidaram.
De acordo com a polícia, os homens estavam armados em dois veículos, um Peugeot vermelho, placa OLD – 8292, licença de Tucano e um Punto branco, placa NZP- 3230, licença de Cruz das Almas. “Eles iniciaram a troca de tiros. Não foi intenção da polícia feri-los, mas eles tiveram que salvar suas vidas e revidaram os disparos”, disse o delegado.
Conhecidos das vítimas dizem que dois deles não seriam integrantes da quadrilha; Gilmário Sales Lima é um pastor e pregador conceituado no meio evangélico de Feira de Santana e Jeisivam Dias é cantor gospel.
Nas redes sociais, parentes e amigos comentam que os dois voltavam de um culto evangélico. “A polícia de Feira de Santana errou e estão tentando justificar. Mário Sales tinha acabado de pregar em Feira. Lembro que há 22 horas ele comentou no Facebook que quem estivesse com ele mudaria de vida e estava cheio de fé”, lembrou o amigo Claudio Oliveira em conversa por telefone com o Bocão News.
A ação do Serviço de Investigação da Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin) da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), sob o comando dos delegados Ricardo Brito e André Ribeiro, teve o apoio de policiais civis da Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas em Rodovias e de policiais militares do Tático Móvel.
*Com informações do site Portal de Notícias