Quando o assunto é depilação íntima, a mulherada costuma se dividir. Há
quem prefira algo mais naturalista, retirando o mínimo de pelos
possível, quem opte por manter um filete de fios na região frontal e
também quem seja adepta da depilação completa - prova disso é a técnica
popularizada como “brazilian wax”, que vêm conquistando mais e mais
adeptas no exterior.
Conservar
a pele lisinha pode ser a preferência de muitas mulheres, mas o que nem
todas sabem é que a ausência de pelos pubianos pode ocasionar problemas
à saúde, incluindo inflamações e contaminação de doenças sexualmente
transmissíveis. Segundo o ginecologista Elson Almeida, do Hapvida Saúde,
os pelos servem como uma defesa para o organismo e a depilação íntima
completa deixa esta região mais exposta ao ambiente externo, aumentando a
possibilidade de contaminações. "Com a retirada dos pelos, bactérias
têm acesso livre para região interior da pele, podendo ocasionar
inflamação ou infecção, que precisará de acompanhamento médico.
O atrito direto com a calcinha e absorventes são outros fatores que
aumentam a umidificação do local, responsáveis pela proliferação de
bactérias", explica. Pelos encravados e alergia também são reações
frequentes em peles mais sensíveis quando são expostas às depilações com
cera quente ou lâminas. "Ceras reutilizadas e espátulas usadas para
passar a cera também podem ser transmissores de vírus e bactérias, caso
tenham sido utilizados em um cliente infectado", alerta o médico.
Em caso de lesão na área decorrente da depilação, vale ficar atenta: em
contato com outra pele danificada, pode ser transmissora de doenças
sexualmente transmissíveis. "O recomendado é evitar relações sexuais
após a depilação, pois a possibilidade de infecção aumenta quando há
contato com uma pessoa infectada", fala. Ao contrário do que muitos
pensam, manter os pelos não é falta de higiene, mas o aconselhado é que
eles sejam aparados regularmente para aeração genital. O recomendado é
manter o pelo com 2 cm de comprimento. G1