terça-feira, 10 de abril de 2012

Motorista que causou tragédia na Rua Jacuí recebeu 6 multas de excesso de velocidade

Duas pessoas morreram no acidente. Um menino de 12 anos, segue internado (Jackson Romanelli/EM/D.A.Press)

Duas pessoas morreram no acidente. Um menino de 12 anos, segue internado
A polícia vai pedir à Justiça a suspensão cautelar da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do motorista Rodrigo de Oliveira Campos, de 26 anos, que matou duas pessoas em um grave acidente na Rua Jacuí, Região Nordeste de Belo Horizonte. De acordo com o chefe do Departamento de Operações Especiais do Detran, delegado Ramon Sandoli, somente nos últimos 18 meses, Rodrigo levou seis multas por excesso de velocidade em Belo Horizonte. “Vamos encaminhar o pedido à Justiça ainda hoje por causa do acidente e pelas seis infrações de trânsito. Isso mostra a irresponsabilidade dele em dirigir”, afirma o delegado.
No início desta tarde, Rodrigo foi encaminhado ao Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) para prestar depoimento, mas não quis falar muito. “O depoimento durou cerca de uma hora e ele se limitou a dizer que vai falar apenas em juízo”, diz Ramon Sandoli. No dia do acidente, Alcindo Pereira Souza, de 62, morreu na hora. A mulher dele, Maria do Carmo Gomes de Souza, de 52, que também estava no veículo, foi encaminhada para o Hospital João XXIII, mas morreu na madrugada desta terça-feira.

Com a morte de Maria do Carmo, o motorista vai responder por mais um crime. O condutor foi preso em flagrante por homicídio e lesões corporais dolosos, já que dirigia em alta velocidade e sob suspeita de ter ingerido bebida alcoólica. Agora, ele também vai responder por mais um homicídio.

De acordo com a polícia, no dia do acidente Campos seguia pela Rua Jacuí, no sentido bairro/Centro, no Vectra placa DAQ 2619, quando bateu com violência no Uno placa GZN 4409, que descia a Rua Pio XI. Desgovernado, o Vectra bateu em dois carros que estavam estacionados.

Com a violência da batida, o motorista do Uno foi atirado do veículo a uma distância de 30 metros e teve morte instantânea. A mulher dele, Maria do Carmo, também foi jogada para fora do carro e socorrida em estado grave, assim como o filho do casal, Pedro Henrique Gomes Souza, de 12. O menino continua internado. Seu estado de saúde é estável.

Rodrigo continua detido no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) São Cristóvão . A polícia deve concluir o inquérito até a próxima segunda-feira.

Maníaco do Anchieta é reconhecido pela 5ª vítima


O ex-bancário Pedro Meyer Ferreira Guimarães, de 56 anos, foi reconhecido por mais uma mulher que diz ter sido estuprada por ele em 1990. Essa já é a quinta mulher que reconhece o homem como o autor de abusos. A vítima que prestou depoimento nesta terça-feira, afirmou que foi atacada quando tinha 12 anos.

Segundo a mulher, que hoje tem 33 anos, ela estava em uma rua do Bairro Cidade Nova, Região Nordeste de Belo Horizonte, quando foi abordada pelo ex-bancário que estava armado com um revólver. Como nos outros casos citados por outras vítimas, a mulher foi levada para dentro de um prédio e atacada.

O reconhecimento do ex-bancário ficou um pouco mais difícil. Pedro Meyer apareceu na delegacia com uma feição bem diferente de quando foi preso. Agora, ele está com os cabelos raspados e com a barba raspada. "A vítima conseguiu reconhecê-lo pelos traços, principalmente por causa do olhar", disse o investigador Gustavo Mariz. O advogado de Pedro esteve na delegacia e afirmou que vai processar o Estado, pois o seu cliente estaria sendo espancado dentro da cadeia.

A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que o ex-bancário foi submetido a exame de corpo de delito em 31 de março, depois de denúncias de agressões praticadas por outros detentos companheiros de cela no presídio Inspetor José Martinho Drummond, em Ribeirão das Neves, Grande BH. Quando retornou do Instituto Médico Legal (IML), no mesmo dia, foi para uma cela separada, onde ficou sozinho até o feriado da semana santa.

No início do feriado foi transferido para uma nova cela com outros detentos, todos acusados de estupro, onde está atualmente. A unidade prisional instaurou um procedimento interno para apurar as circunstâncias do ocorrido em 31 de março. A Seds desconhece as denúncias de novas agressões.