quinta-feira, 12 de julho de 2012

PM que atirou contra adolescente em Feira de Santana é solto


PM efetuou treze disparos contra o carro

O policial militar acusado de balear uma adolescente de 16 anos no último sábado (7) em Feira de Santana, foi liberado do Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas, na tarde desta quarta-feira (11). A jovem Adriele Alves Santana estava em um veículo Gol branco acompanhada pelo namorado Vanute Manuel Teixeira.
No dia da tentativa de homicídio, a polícia divulgou informações de que o soldado Peron Vitor Santana Chagas efetuou treze disparos contra o carro onde estavao casal porque se irritou com o namorado da vítima, que conduzia o carro e teria sinalizado o PM com farol alto para pedir passagem em uma via da cidade.
Após iniciar uma discussão com o namorado de Adriele, o policial desceu do carro e atirou contra os jovens.  Durante a ação, ocorrida na noite do último sábado (7), uma das balas atingiu as costas de Adriele, que foi socorrida para o Clériston Andrade.

Em entrevista ao site Acorda Cidade, o advogado do PM afirmou que Péron havia sofrido uma tentativa de homicídio há dois meses e que o veículo Gol tinha as mesmas características do autor da tentativa.
“Entendendo que podia ser as mesmas pessoas, ele atirou em defesa própria e logo depois que percebeu que eram pessoas de bem e conhecidas, foi ao hospital ver as vítimas e depois comunicou o corrido ao seu superior”, contou ao repórter do Acorda Cidade.

O advogado não citou a versão do namorado da vítima de que os tiros teriam começado após uma briga de trânsito. O PM vai responder ao processo em liberdade e ficará com trabalhos  administrativo e só depois da conclusão deste processo é que o Comando Geral vai decidir se ele será demitido ou não.

Adriele recebeu alta também na tarde de hoje, mas continua com a bala alojada próximo a virilha, e já prestou depoimento na delegacia.
CORREIO

Norovírus causa surto de virose na Bahia

A época de chuvas e de frio, em que se permanece por muito tempo em locais fechado, pode provocar uma nova infecção o norovírus, doença descoberta em 1998 nos Estados Unidos e identificada em Salvador, em 2006, pela equipe coordenada pelo farmacêutico bioquímico, pesquisador e professor do Instituto de Ciências da Saúde da Ufba, Gúbio Soares Campos.
Este vírus atinge indivíduos de todas as idades e pode ser transmitido pela água, alimentos, objetos contaminados como porta, corrimão etc., mas os sintomas perduram de 12 a 48 horas, quando a pessoa não possui outras complicações de saúde.
A nova virose têm preocupado a população. Nos últimos dias, foi alto o número de pessoas que tiveram febre alta, vômitos e outros sintomas.
De acordo com o Centro de Informações Estratégicas para Vigilância em Saúde (Cieves), o crescimento de atendimento não caracteriza um surto, mas é preocupante. A infecção do norovírus é causada por um grupo de viroses conhecidas por noroviroses, também chamadas por “Norwalk-like virus”. As viroses podem causar gastroenterite ou intoxicação alimentar.

As noroviroses são altamente contagiosas e as principais agentes de infecção não-bacteriana, causadores de gastroenterites em muitos países. De acordo com o pesquisador, o norovírus como causador de um surto de diarréia na Bahia foi identificado pela primeira vez por sua equipe entre junho e julho de 2006. Ao contrário das ocorrências anteriores, que afetaram principalmente crianças, na Bahia o vírus acometeu em sua maioria jovens adultos.
Com a descoberta da presença do norovírus no estado, a Sesab foi notificada para que ações deprevenção pudessem ser intensificadas e novos surtos podem ter seu agente causador descoberto mais rapidamente e com menos custos.

Campos explicou que os sintomas são fortes dores abdominais, vômitos e diarreia que pode apresentar sangue. “A pessoa fica com os sintomas de 12 a 48 horas, no entanto durante quatro a cinco dias ainda continua eliminando o vírus”, assinalou, acrescentando que “o estado mais grave da doença pode ser apresentado em pacientes que já têm outro tipo de doença e também pode se agravar em bebês”.

Com relação a tratamento para combater o vírus, o pesquisador afirmou que não existe tratamento científico, “um paliativo é a hidratação constante, deve começar a tomar muito líquido e se o caso agravar deve procurar ajuda médica. Sempre evitar pegar na mão de outra pessoa”. A grande preocupação do cientista é a de que se com as variações constantes o vírus vai continuar agindo da mesma forma no organismo das pessoas.


FONTE: TRIBUNA DA BAHIA