A época de chuvas e de frio, em que se permanece por muito tempo em locais fechado, pode provocar uma nova infecção o norovírus, doença descoberta em 1998 nos Estados Unidos e identificada em Salvador, em 2006, pela equipe coordenada pelo farmacêutico bioquímico, pesquisador e professor do Instituto de Ciências da Saúde da Ufba, Gúbio Soares Campos.
Este vírus atinge indivíduos de todas as idades e pode ser transmitido pela água, alimentos, objetos contaminados como porta, corrimão etc., mas os sintomas perduram de 12 a 48 horas, quando a pessoa não possui outras complicações de saúde.
A nova virose têm preocupado a população. Nos últimos dias, foi alto o número de pessoas que tiveram febre alta, vômitos e outros sintomas.
De acordo com o Centro de Informações Estratégicas para Vigilância em Saúde (Cieves), o crescimento de atendimento não caracteriza um surto, mas é preocupante. A infecção do norovírus é causada por um grupo de viroses conhecidas por noroviroses, também chamadas por “Norwalk-like virus”. As viroses podem causar gastroenterite ou intoxicação alimentar.
As noroviroses são altamente contagiosas e as principais agentes de infecção não-bacteriana, causadores de gastroenterites em muitos países. De acordo com o pesquisador, o norovírus como causador de um surto de diarréia na Bahia foi identificado pela primeira vez por sua equipe entre junho e julho de 2006. Ao contrário das ocorrências anteriores, que afetaram principalmente crianças, na Bahia o vírus acometeu em sua maioria jovens adultos.
Com a descoberta da presença do norovírus no estado, a Sesab foi notificada para que ações deprevenção pudessem ser intensificadas e novos surtos podem ter seu agente causador descoberto mais rapidamente e com menos custos.
Campos explicou que os sintomas são fortes dores abdominais, vômitos e diarreia que pode apresentar sangue. “A pessoa fica com os sintomas de 12 a 48 horas, no entanto durante quatro a cinco dias ainda continua eliminando o vírus”, assinalou, acrescentando que “o estado mais grave da doença pode ser apresentado em pacientes que já têm outro tipo de doença e também pode se agravar em bebês”.
Com relação a tratamento para combater o vírus, o pesquisador afirmou que não existe tratamento científico, “um paliativo é a hidratação constante, deve começar a tomar muito líquido e se o caso agravar deve procurar ajuda médica. Sempre evitar pegar na mão de outra pessoa”. A grande preocupação do cientista é a de que se com as variações constantes o vírus vai continuar agindo da mesma forma no organismo das pessoas.
FONTE: TRIBUNA DA BAHIA
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