Foto: Divulgação |
“Estamos tendo uma média de dez mil acessos por dia. Confesso que não esperava todo essa repercussão. Eu queria atingir o público de Salvador, mas terminamos atingindo pessoas fora daqui”, diz Genard.
O grupo soteropolitano, que além de Genard Melo é formado pelo tecladista Sivaldo Sampaio, os percussionistas Tiago Coelho e Percy Coelho, o baixista Diego Lopes, o guitarrista Play e o baterista Alã Andrade, foi criado há dois anos e define seu estilo como comedy music.
“As pessoas estão carentes de músicas engraçadas. Pensei em parecer com os Mamonas Assassinas, mas com a cara da Bahia”, explica Genard. Nas apresentações, o No Truque mescla sucessos da axé music com releituras de diversos gêneros musicais: “Eu brinco muito durante os shows”.
O grupo sempre investiu em looks com fantasias de personagens famosos até que receberam a letra de Vai Rolar Batpaquera, composta pelo potiguar João Gomes. “A criação veio toda da minha cabeça, mas várias pessoas me ajudaram na montagem do clipe”.
Questionado sobre a pegada gay do videoclipe, Genard é direto: “O clipe foi feito para mexer com todas as pessoas. Não é voltado para o público gay, mas abordamos o tema. Hoje, isso é uma coisa cotidiana. Conheço várias pessoas que abandonaram casamentos para começar relacionamentos homossexuais”. Show semanal Embalados pelo sucesso da música Batpaquera, o No Truque tem se apresentado toda quinta-feira no Donna Cheffa Pizza Music Bar, no Rio Vermelho, a partir das 22h, com couvert a R$ 10.
Genard espera que a boa fase continue. “Eu não diria que o clipe mudou minha vida, porque continuo fazendo o que gosto, mas mudou e está mudando a cabeça das pessoas que sabiam da minha profissão, mas não tinham dimensão da minha capacidade artística e musical”, diz.
“Saí vestido de Robin no Carnaval este ano e várias pessoas me abordaram na rua. Foi uma experiência bem gratificante saber que pude proporcionar alegria ao público”, completa.
O líder do grupo nasceu em Natal e começou a cantar em 1999 no coral da escola onde estudava. Formado em música pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Genard Melo trabalhou como vocalista de apoio de vários artistas e grupos de axé e forró. Entre eles, Claudia Leitte, Cavaleiros do Forró, Estakazero, Cupido, Mina, Dona Menina, Pimenta Nativa e Zelito Miranda.O vocalista conta que o nome do grupo surgiu numa conversa com amigos durante uma festa no Verão baiano de 2009: “Estávamos falando sobre paqueras e a cada minuto aparecia na conversa a gíria GLS ‘truque’, que significa enganar”.
O encontro só reforçou a vontade que ele tinha de montar uma banda que falasse de relacionamentos de forma descontraída. “Saí da festa sem a menor dúvida de que este seria o nome do projeto que iria lançar muito em breve”, lembra.
Nos shows, Genard usa e abusa da irreverência, claro. Ele lança mão de bordões populares como “Não me acompanhe, que eu não sou novela” e “Você é fechação, tá?”. Há também trocas de figurinos, com adereços de fantasia. Fã de Daniela Mercury, Limão com Mel, Mamonas Assasinas e Carla Visi, Genard Melo tem um desejo: “Morro de vontade de cantar com Ivete, não pelo que ela representa para o Brasil hoje, mas pela beleza das suas interpretações”.
As informações são do Correio.
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