por Marcos Maia*Foto: Divulgação |
O Centro Estadual de Oncologia (Cican), ligado à Secretaria da Saúde do
Estado da Bahia (Sesab), não conta com a substância Octreotida em seus
estoques há pelo menos um mês, privando pacientes em tratamento de
câncer do cuidado adequado. Uma das pessoas afetadas pela falta do
medicamento, que contém o crescimento de órgãos afetados por células
cancerígenas, é Luís Guilherme Neves Santos, 29 anos, que foi
diagnosticado em março de 2015 com um câncer no fígado, mas não é
medicado desde 30 de setembro. “Liguei hoje [quinta-feira (3)]
novamente. Me disseram, mais uma vez, que foi mandado para o setor uma
solicitação para compra. Amanhã vai fazer um mês que eu deveria ter
recebido a injeção", contou à reportagem do Bahia Notícias. Em nota, a
Sesab assumiu a ausência da substancia nos estoques do centro e
comunicou que os pregões realizados para a aquisição do medicamento não
tem contado com a participação de fornecedores interessados. “Um dos
motivos alegados é o preço referencial praticado pelo estado, que tem
como base, por exemplo, a média de preços das atas de outros estados.
Os distribuidores dizem que em função do aumento do dólar, os
medicamentos possuem preços superiores”, diz o documento. A secretaria
ignora o número de pacientes afetados pela falta de suprimentos de
Octreotida e declarou ainda que faltas são “pontuais” e que os
municípios também podem prover a substância. Para suprir a ausência do
medicamento, a secretaria pretende adquirir um medicamento da mesma
classe terapêutica, o Lanreotida, que deverá ser disponibilizado em 15
dias. O tempo é precioso para pessoas como Luís Guilherme: "Espero que
seja verdade. Há mais pessoas, assim como eu, que precisam do remédio".
BN
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