Foto: IENCO, Thiago Antonio Espinosa
Uma pesquisa realizada em parceria entre a Embrapa Recursos Genéticos e
Biotecnologia, o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH,
sigla em inglês) e a Universidade de Londres conseguiu comprovar que
sementes de soja geneticamente modificadas são uma opção viável para a
produção em larga escala da cianovirina - uma proteína extraída de algas
- muito eficaz no combate à AIDS.
O resultado inédito foi tema de artigo da edição da semana passada da revista norte-americana Science.
Esta revista científica, publicada pela Associação Americana para o
Avanço da Ciência (AAAS, sigla em inglês), é uma das mais prestigiadas
de sua categoria.
A pesquisa, que começou a ser desenvolvida em 2005, se baseia na
introdução da cianovirina, uma proteína presente em algas que é capaz de
impedir a multiplicação do vírus HIV no corpo humano, em sementes de
soja geneticamente modificadas para produção em larga escala.
O remédio
A intenção é desenvolver de um gel (com propriedades viricidas) para que
as mulheres apliquem na vagina antes do relacionamento sexual.
Segundo Elibio Rech, coordenador dos estudos na Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia e um dos autores do artigo, a única biofábrica
- ou fábrica biológica - que mostrou ser uma opção viável para a
produção de cianovirina foi a semente de soja transgênica porque permite
que a proteína seja largamente escalonada até a quantidade adequada.
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