Resultado publicado com uma semana de atraso eliminou candidatos com notas inferiores a 60, o que não era previsto no edital
RIO – O Ministério da Educação (MEC) cortou 64,6% (7.109) das 11 mil
bolsas previstas para a edição deste ano do programa Jovens Talentos
para Ciência. Isso representa um corte de R$ 34,1 milhões dos R$ 52,8
milhões do orçamento previsto para o projeto. O resultado das 3.891
candidaturas homologadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior (Capes) foi publicado nesta quinta-feira no Diário
Oficial da União (DOU), com uma semana de atraso. O programa é destinado
a estudantes de graduação de todas as áreas do conhecimento e tem o
objetivo de incentivar a iniciação científica.
De acordo com o texto do DOU, foram aprovados “estudantes que alcançaram
nota igual ou superior a 60 no processo seletivo”. No edital ano
passado, constava a regra sobre essa nota mínima. No entanto, o edital
do concurso deste ano não previa qualquer nota de corte. Segundo o
documento, “os estudantes serão classificados em ordem decrescente das
notas obtidas na prova seletiva, até o limite do número total de bolsas
oferecidas”, que neste ano é de 11 mil. Na última edição foram
preenchidas 10.886 vagas.
A Capes nega que tenha havido corte nas bolsas, alegando que o número de
vagas preenchidas está de acordo com o que previa o edital do concurso,
que falava na concessão de até 11 mil vagas, mas não necessariamente no
preenchimento de todas. “Sendo assim, o resultado divulgado nesta
quinta-feira está de acordo com o previsto na chamada”, informa texto da
entidade publicado em seu site. A Capes, no entanto, não explicou
porque utilizou um critério de nota de corte que excluiu parte dos
candidatos, apesar de o edital deste ano não prever isso.
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