A tecnologia social aplicada no semiárido do Nordeste, com a construção
de cisternas pré-moldadas para captar água da chuva, pode ser uma
solução para resolver o problema da falta de água em São Paulo. A
avaliação é de especialistas no sistema, que acreditam que a
reutilização da água será inevitável no futuro.
Algumas
cidades de São Paulo já sofrem com racionamento e o alerta agora é para
a possível escassez hídrica durante a Copa do Mundo, que começa no
próximo mês. Isso porque a principal fonte de abastecimento de água do
Estado, o Sistema Cantareira, está com o nível abaixo de 10%.
Se a falta de chuva traz um problema novo para São Paulo, ela é antiga
conhecida da população que vive no semiárido. Nessa região, que engloba
nove Estados brasileiros, a estiagem dura até nove meses todos os anos e
as famílias têm dificuldade de encontrar água para beber ou cozinhar.
Por isso, as famílias estão ganhando cisternas com capacidade de
armazenar até 16 mil litros da água que cai do céu nos três meses
chuvosos. É essa água captada da chuva que abastece as casas durante o
resto do ano.
Em São Paulo, a medida também pode ser usada para economizar água. O
presidente da FBB (Fundação Banco do Brasil), Caetano Minchillo, avalia
que se os grandes prédios utilizassem sistemas de captação de chuva,
muita água poderia ser reutilizada.
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