Segundo registra a história e a data de registro da patente, o italiano
Guglielmo Marconi foi o responsável pela invenção do rádio. No entanto,
também se cogita que um padre brasileiro, chamado Roberto Landell de
Moura, teria sido o primeiro a transmitir a voz humana sem auxílio de
fios. A patente para o seu invento, porém, só foi conseguida depois que
Marconi já havia patenteado sua invenção.
A primeira emissora de rádio no Brasil foi fundada em 20 de abril de 1923, tendo como fundador Edgar Roquete Pinto, na
Academia
Brasileira de Ciências, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, com o
prefixo PRA-A. Logo depois veio a Rádio Clube do Brasil PRA-B, fundada
por Elba Dias.
Em São Paulo/SP, a primeira Emissora foi a EDUCADORA PAULISTA, fundada
em 1924, e em Belo Horizonte, a primeira rádio foi a RÁDIO MINEIRA,
fundada em 30 de maio de 1936. Hoje, lamentavelmente, fora do ar. Mas, a
primeira transmissão do Rádio foi no dia 07 de setembro de 1922,
durante a exposição comemorativa do centenário da independência.
O discurso do então Presidente da República, Epitácio Pessoa, além de
ser ouvido no recinto da exposição, chegou também em Niterói, Petrópolis
e São Paulo, graças à instalação de uma retransmissora no Corcovado e
de aparelhos de recepção nesses locais. Hoje são milhares de rádios
espalhadas pelo país, levando alegria , entretenimento e informação para
um Brasil de audiência, e principalmente ao ouvinte que sempre fez do
Rádio, seu grande companheiro.
Lei - Dia do Radialista
LEI Nº 11.327, de 24 de julho de 2006
Institui o Dia do Radialista.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Fica instituído, no calendário das efemérides nacionais, o Dia
do Radialista, a ser comemorado no dia 7 de novembro, data natalícia do
compositor, músico e radialista Ary Barroso.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 24 de julho de 2006; 185º da Independência e 118o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
João Luiz Silva Ferreira
Na época, quando fundou a primeira emissora de Rádio do Brasil, não
existiam escolas para formação de Radialistas. Foram os Radiamadores os
primeiros locutores, por já possuírem experiência com microfones. Uma
característica era fazer uma programação cultural, que consistia em
música Erudita, conferência e palestras que não interessavam ao ouvinte.
Na Era do Rádio, o grande astro era "Vital Fernandes da Silva", o "Nhõ
Totico", que permaneceu no ar por 30 anos. O mais incrível é que nessa
época ele apresentava dois programas ao vivo e totalmente improvisados.
Nos dias de hoje, com um ouvinte mais exigente, o radialista precisa de
muita técnica e ter um padrão que se identifique com cada emissora.
Mas o ponto em comum entre eles tem que ser o carisma. Dentro de cada
Radialista existe um inexplicável sentimento de dedicação e o interesse
pelo que faz. Só o idealismo não é o suficiente, existe a necessidade do
talento. Com milhares de bons Radialistas espalhados pelo Brasil, o
Rádio é hoje rico, oferecendo boas opções para aquele que merece todo o
nosso respeito: o ouvinte. O Radialista é um sonhador, um apaixonado que
faz parte do cotidiano das pessoas.
O que comemorar no Dia do Radialista
Hoje a coisa está mudada e qualquer um se torna funcionário de rádio com
a maior facilidade, mesmo que não saiba de onde começou e para onde vai
o rádio. As maiorias destas empresas pertencem a grupos políticos que
estão poucos interessados no bem estar da comunidade e numa empresa de
qualidade, colocando em sua direção ou até mesmo para comandar programas
qualquer um, sem nenhum preparo prévio e que só estão ali por serem
"cupichas ou puxa sacos" dos senhores feudais donos das empresas de
rádios. Alguns destes proprietários esquecem que eles montam uma empresa
de rádio e ela se torna de utilidade pública, querem manter a mesma
como se fosse o quintal de sua casa ou sua fazenda onde pode tudo e os
funcionários tem que se submeterem a qualquer tipo de mazelas,
infelizmente ainda existem pessoas que gostam disto, serem humilhadas e
pisoteadas por seus considerados "chefões" e ainda acham lindo, pisando
naqueles que realmente fazem o dinheiro entrar nos bolsos destes donos
de empresas de rádio.
São bem poucas as emissoras que pertencem a particulares e que deixam
seus funcionários trabalharem à vontade e com responsabilidade, com isto
ganha o apoio e prestigio de uma comunidade. Sincera e honestamente não
sei se os verdadeiros radialistas e não os "picaretas" de plantão têm
hoje o que comemorar, aqueles que caíram em uma emissora de rádio de
pára-quedas até pode ter o que comemorar, mas os verdadeiros
profissionais hoje devem querer esquecer que são radialistas de verdade.
Fui lembrado pela passagem do dia através de um telefonema por uma
pessoa a quem tenho grande admiração, por que se não fosse isto, a data
passaria sem uma lembrança da minha parte como já aconteceu no passado e
têm acontecido nos últimos anos. Junte a tudo que foi escrito no texto
em que você ainda ler, as brigas internas entre os que trabalham em
rádio e bradam aos quatro cantos do mundo que são profissionais quando
na realidade não passam de simples "mercenas", tem ainda o virar a cara
para o lado quando um de outra rádio passa por quem está em determinado
local.
Refiro-me aqui a falta de união que existe na categoria, pois aqueles
que hoje estão chegando não respeitam ou não querem respeitar os que já
estão na profissão a muito tempo, se achando os melhores ou os
verdadeiros pops stars, existem alguns destes elementos que hoje estão
infiltrados no meio radiofônico por que o dono da rádio lhe deve um
favor ou por que ele tem um bom padrinho, para entrar na área por baixo,
mas bem por baixo mesmo da porta ou de uma janela. Alguns caem até de
paraquedas e não sabem onde estão e acham que são os verdadeiros donos
da "cocada preta", existem ainda aqueles que só sabem mandar um abraço
aqui outro ali e quando cai em suas mãos um texto para ler de "bate
pronto" mostram que não estão prontos para estar no local em que lhes
deram de graça ou em pagamento de uma divida política. É lamentável como
estão fazendo rádio hoje em dia, sei muito bem que intrigas e fofocas
existe em todo e qualquer ambiente de trabalho, mas em se tratando de um
dos mais poderosos meios de comunicação a coisa poderia ser bem
diferente, com mais união entre os que estão militando nos meios
radiofônicos, mas como diz o velho ditado popular é "cada um puxando a
carne para sua brasa" ou a lei de murici " cada um para si", quando na
realidade todos deveriam ser unidos para que a classe fosse fortalecida e
mais respeitada como já foi no passado.
Hoje quem está fora de rádio é tratado como marginal por quem está na
atividade e sem nenhuma consideração a história de quem na verdade fez o
rádio com respeito é hoje jogada no lixo e apagada da vida de quem
tenta a todo custo mostrar aos seus "chefes" que são os bambans da sua
sintonia. Na realidade ninguém é melhor que ninguém somos todos iguais
perante Deus, alguns são diferenciados porque lêem mais procuram se
adaptar as novidades de momento, mas nem com tudo isto tem o direito de
querer passar por cima dos outros como se fosse um trator desgovernado.
Mas, como já ouvi de certa pessoa ainda na ativa em anos passados e por
diversas vezes que para ele conseguir o que queria "passaria até por
cima da própria mãe" não me surpreendo mais com tudo que ainda vejo hoje
em dia com estes que ai estão. Seria muito bom que hoje fosse um dia
para ser comemorado pelos verdadeiros profissionais e não pelos que
"puxam saco", "bajulam" ou até mesmo vendem a "alma ao diabo" para
continuar nos meios radiofônicos. É triste e lamentável que isto
aconteça ainda nos dias de hoje, mas o pior que acontece e com grande
frequencia. Na era da informática, da globalização e em pleno Século
XXI, mas fazer o que! É como diz certo cidadão "fais paite" (é isto
mesmo fais paite e não faz parte) só que desta estou fora e bem fora
graças a Deus. Aos verdadeiros profissionais de rádio meus parabéns e
meus respeitos, agora aos "picaretas e piratas do rádio" que continuem
puxando saco dos patrões que com certeza terão pela frente um futuro
"brilhante". Dia da árvore e do radialista, comemorar mesmo o que?
A ética e o poder do microfone
Quando pensei em escrever este artigo, vi um horizonte amplo no campo da
comunicação radiofônica; pois a mistura microfone, comunicador e ética
são pontos que devem andar juntos para que possamos construir equilíbrio
no que podemos chamar de autocensura.
A Rádio moderna
Às vezes o comunicador na sua empolgação não percebe o potencial que
possui esse pequeno instrumento (o microfone) no que tange em conduzir
informações instantaneamente e acaba atropelando palavras sem observar a
força que elas têm e deixa escapar do seu controle o que de melhor deve
possuir dentro da profissão, a ética; é de suma importância para o
profissional do microfone, saber que ele é um formador de opinião, que
existe um universo de ouvintes e que são multiplicadores da mensagem
recebida, e como formador de opinião deve-se policiar para não induzir
uma comunidade, uma categoria etc. a cometer delitos ou criar situações
que possam ferir um bem público, denegrir a imagem de alguém ou até
mesmo submeter-se a constrangimentos sem ter conhecimento do que se fez.
É evidente que o uso do poder de formador de opinião deve ser usado,
quando para educar, colaborar na fomentação da cultura, da saúde, da
sociabilidade, enfim; quando for para o bem da coletividade, pois o
profissional do rádio tem um compromisso de responsabilidade social, mas
sua postura tem que ser transparente e construída dentro de uma
linguagem clara para que seu ouvinte também se informe e forme seus
pensamentos de maneira ética, saudável, e coerente.
Hoje milhares de rádios existem no Brasil levando alegria,
entretenimento e informação, aproveito aqui para relembrar de programas
que marcaram épocas nos tempos áureos da comunicação de rádio tais como:
Roquete Pinto, (fundador da primeira emissora de no Brasil) repórter
Esso, as radionovelas, os narradores de futebol que serviram de exemplo
para muitos como: Waldir Amaral, Jorge Cury, José Carlos Araujo, Osmar
Santos, aqui na Bahia posso destacar: Djalma Costa Lino, Nilton
Nogueira, dentre tantos outros que se tornaram ícones no ofício dessa
profissão.
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