sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Jacobina: Casal chora a morte da filha infectada com Leishmaniose e acusa hospital de negligência

No inicio da tarde desta quinta, 24, o Repórter Cidade 99.1 esteve no Bairro do Leader entrevistando o casal Valmir Feitosa e Micaela Santana, pais da Laura Estefane de apenas 11 meses que veio a óbito no último sábado 19.

A intervenção foi ao vivo dentro do Programa Blitz Total com Geyder Gomes, onde foi apresentada pela família a certidão de óbito da criança tendo escrito como motivo da morte uma PCR – Parada Cardiorrespiratória, decorrente de uma infecção generalizada consequente de Leishmaniose Visceral, ou calazar.

Micaela emocionada falou através da Jacobina FM que a pequena laura Estefane teve febre por 15 dias aos finais de tarde, até leva-la para o Hospital Antônio Teixeira Sobrinho, onde deu entrada no dia 30 de setembro. Segundo informações, no Teixeira ela já apresentava alteração tipo caroço no lado esquerdo do corpo. Após a descoberta da causa da doença como sendo Leishmaniose, a criança ficou 4 dias internada em Jacobina aguardando transferência e seguiu para a capital.

Em Salvador a pequena Laura ficou por 15 dias no Hospital Martagão Gesteira, e de acordo com o site Rota 324 a criança apresentou edema de face e membros inferiores. Após a colocação do soro, estava estável em relação à febre, ativa e responsiva. Como a equipe não estava conseguindo manter acesso periférico para aplicação de medicamentos foi indicado acesso central, na veia do pescoço. A criança foi preparada para o procedimento, ficando em jejum um período maior que o necessário, pois o procedimento ocorreu duas horas após o horário marcado. A Criança já voltou do centro chorosa, gemente e passou a sangrar pelo local da venóclise. 45 minutos depois, a mãe amamentou pela primeira vez, orientada pela enfermeira. A mãe notou que a criança começou a ficar com os lábios cianóticos (roxo) e que os batimentos estavam caindo, sinalizando a enfermeira, ela responde que é normal. Os sinais vitais foram ficando mais instáveis e a criança recebeu uma bolsa de plaquetas e as quatro da manhã do último sábado, 19, a criança foi a óbito”.

No resumo também a mãe da criança diz ter ouvido de uma enfermeira que foi por causa da amamentação antes da hora e por ter mexido com a criança causando hemorragia, ouviu de uma médica ter sido por hemorragia pulmonar, porém quando chegou perto para escutar, ela mudou de assunto, outro profissional relatou que foi um erro médico, já outro diz ter sido por pneumonia, porém a mãe descarta essa última hipótese, pois ela não apresentava nenhum sintoma referente.

Os pais da laura Estefane acusam o hospital de negligência médica, e a Micaela disse que avisou do agravamento da sua filha, mas que não fizeram nada para tentar reverter.

O Srº Valmir cria uma cadela amarrada em uma árvore ao lado de sua residência e diz que é vacinada, mas alguns cães ficam próximos a sua casa, e diz que a criança não teve nenhum contato com os animais.

Ao site Rota 324 Ivonildo Dourado disse que foi feito todo o acompanhamento da criança, e que a doença foi detectada ainda no Teixeira. Falou que, a cidade precisa sim de um Centro de Controle de Zoonoses – CCZ, porém é uma implantação que só é feita com recursos próprios, ou seja, o Governo Federal não custeia esse tipo de projeto e que para ele ser implantado em Jacobina, o município teria que dispor desse valor e não possui. Ainda segundo o secretário, as leis são muito rigorosas no quesito eutanásia e que os agentes não podem simplesmente matar um cachorro pelos sintomas visíveis, e, que para terem uma autorização para sacrificar o animal é preciso um exame ser feito e amostras de sangue serem mandadas para análise em um Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN e que demora em média três meses para sair a confirmação.

“Podemos até ter em mãos a confirmação do Lacen que o animal está infectado, ter a autorização do dono do cachorro para matá-lo e ainda corrermos o risco de alguém nos denunciar por maus-tratos” disse Ivonildo.

“Existe até o projeto de implantação e que foi anexado no PPA (Planejamento Plurianual) para os próximos quatro anos, mas no momento existem outras prioridades” completou o secretário.

Diante desta declarações reproduzidas pelo Reporter Cidade 99.1 direto da residência da família no Bairro do Leader, o radialista Geyder lamentou da frieza na entrevista do Secretário de Saúde Ivonildo Dourado ao Rota 324, e perguntou se terá que morrer mais pessoas para o problema virar prioridade.

Fonte: Augusto Urgente!

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