terça-feira, 27 de agosto de 2013

Médicos brasileiros envergonham o País

247 - Em nenhum país do mundo, os médicos cubanos estão sendo tratados como no Brasil. Aqui, são chamados de "escravos" por colunistas da imprensa brasileira (leia mais aqui) e hostilizados por médicos tupiniquins, como se estivessem roubando seus empregos e suas oportunidades. Foi o que aconteceu ontem em Fortaleza, quando o médico cubano negro foi cercado e vaiado por jovens profissionais brasileiras.
Detalhe: os cubanos, assim como os demais profissionais estrangeiros, irão atuar nos 701 municípios que não atraíram o interesse de nenhum médico brasileiro, a despeito da bolsa de R$ 10 mil oferecida pelo governo brasileiro. Ou seja: não estão tirando oportunidades de ninguém. Mas, ainda assim, são hostilizadas por uma classe que, com suas atitudes, destrói a própria imagem. Preocupado com a tensão e com as ameaças dos médicos, o ministro Alexandre Padilha avisou ontem que o "Brasil não vai tolerar a xenofobia" (leia mais aqui).
Ontem, o governo também publicou um decreto limitando a atuação dos profissionais estrangeiros ao âmbito do programa Mais Médicos – mais um sinal de que nenhum médico brasileiro terá seu emprego "roubado" por cubanos, espanhóis, argentinos ou portugueses. Ainda assim, cabe a pergunta. Com quem fica a população: com o negro cubano que vai aos rincões salvar vidas ou com os médicas que decidiram vaiá-lo?
Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre a carteira provisória dos profissionais estrangeiros:
Aline Leal Valcarenghi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo federal publicou ontem (26) decreto determinando que a carteira provisória dos médicos com diploma estrangeiro que atuarão pelo Mais Médicos deverão trazer mensagem expressa quanto à vedação ao exercício da medicina fora das atividades do programa.
Para atuar no Brasil, médicos formados no exterior precisam fazer o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). No entanto, a medida provisória que cria o Mais Médicos prevê que os profissionais que forem trabalhar por meio do programa não precisarão passar pelo procedimento para atuar no local especificado pelo Ministério da Saúde. Se o médico inscrito quiser atuar em outro local, deverá passar pelo Revalida.
O registro provisório do "médico intercambista" deverá ser solicitado ao Conselho Regional de Medicina (CRM) do estado onde o médico atuará. Os conselhos regionais disseram que entrariam na Justiça para terem o direito de não registrar os profissionais que não têm o Revalida. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que esta é uma determinação legal, e portanto, deve ser cumprida.
Segundo o decreto presidencial, a declaração de participação do médico intercambista no Mais Médicos, acompanhada dos documentos especificados, é condição necessária e suficiente para a expedição de registro profissional provisório e da carteira profissional.O registro deverá ser expedido pelo CRM no prazo de 15 dias a partir da apresentação do requerimento pela coordenação do programa.
O decreto publicado hoje prevê ainda que o supervisor e o tutor acadêmico, que acompanharão trabalho dos médicos que atuarão pelo programa, poderão ser representados judicial e extrajudicialmente pela Advocacia-Geral da União, entidade que defende a União.
Os tutores são professores indicados pelas universidades federais que aderiram ao programa. Já os supervisores podem ser profissionais de saúde ou docentes das instituições. De acordo com o Ministério da Educação, que determina o processo de supervisão, haverá um tutor para cada dez supervisores, e um supervisor para no máximo dez médicos. Os supervisores deverão fazer visitas periódicas aos médicos, no mínimo uma por mês.

Comentários

1530 comentários em "Médicos brasileiros envergonham o País"
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  1. carla Juliana Aristides 27.08.2013 às 17:19
    Vergonha eles tem muita bagagem profissional não são como os nossos que só fazem especialização e pensam no dinheiro essas médica deviam é serem processadas por racismo e perjúria
  2. Gerson Batista Gratival 27.08.2013 às 17:18
    Até parece que nós Brasileiros não entramos escondidos nos EUA, para trabalhar em dois ou mais empregos, passar fome por mais de 5 anos, prá depois voltar para o Brasil tirando onda. Pura hipocrisia. Parabéns aos Médicos Estrangeiros... estão galgando seu lugar no mercado da saúde, que seja no Brasil ou em que pais for. Turma de recalcadas.
  3. Felipe Augusto 27.08.2013 às 17:17
    Essas são "medicas" que não exercem a prfissão com o intuito de salvar vidas, mas exercem a função somente pelo dinheiro... o governo está certo, ninguém queria trabalhar nesses municipios, então traga quem realmente quer... quem está afim de salvar vidas!
  4. edilson tomaz de sousa 27.08.2013 às 17:17
    É lamentável essa cena! é isso que chamam de "doutores"? Que nada! são patricinhas que ingressaram nas Universidade com apenas um objetivo: formar-se e montarem o seu próprio posto para acumular capital, os quais pobres de espírito e sem alteridade usam de expediente mesquinho e vergonhoso. Por que não se submeteram a missão de levar as mãos santas para curar os mais necessitados nos rincões deste país? E agora passam a nos envergonhar diante a imprensa com o desrespeito aos médicos estrangeiros, muitos deles julgados pela cor. Que país é esse? Onde se prega o multiculturalismo e alteridade e de repente nos deparamos com situações constrangedoras. Essas "mimadinhas" deveriam repensar a sua escolha: Será que a carreira de médica veio por vocação ou por situação?
  5. valdira 27.08.2013 às 17:15
    essas patricinhas nao sabem o que falam pois querem ganhar a vida no mole entao senta num esterco e vao comer minhocas que sejam bem vindos os medicos estrangeiros ja que os brasileiros nao querem nada com a classe mais necessitadas
  6. José do Patrocínio de Oliveira 27.08.2013 às 17:14
    Arrogantes! Primeiro criam um ato chamado;"Ato Médico", onde pretendem "canibalizar" outros profissionais de saúde competentes ingerindo em outras áreas de trabalho, de tal maneira que as politicas publicas de saúde ficariam inviáveis, depois hostilizam profissionais médicos de outros países que estão até o país deles para fazer o trabalho que eles não querem fazer,além é claro de faltarem com a ética profissional ao baterem o ponto em alguns hospitais do país e simplesmente irem embora, trabalhar em hospitais e clinicas particulares, o "Ato Médico " que queremos é aquele que diz respeito à vocês fazerem o trabalho de vocês, ponto! Na verdade a categoria quer é criar uma "casta", reserva de mercado, vergonha na cara!
  7. renato 27.08.2013 às 17:14
    Estes medicos filhos da P....., que estavam vaiando, tem que perderem a boquinha. babacas do caralh...
  8. wanderley soares de andrade 27.08.2013 às 17:14
    Quando servia à UFG médicos e médicos daquela Instituição eram solicitados com ótimos salários para trabalhar no interior do Brasil eu por exemplo fui encarregado naquela época de fazer a campanha no HCUFG e as respostas eram sempre negativas. Agora fico observando: o que está atrapalhando o governo exercer suas atividades o cartell político ou o cartell da sociedade médica brasileira. Cabe neste momento no país uma grande discussão sobre este impasse, e, enquanto isso nossas vidas ao léu sob os poderes dos insanos da saúde pública brasileira.
  9. Maria 27.08.2013 às 17:13
    É esse tipo de atitude que envergonha o nosso País lá fora..Atitudes de selvageria e de uma estupidez sem par.São esses os médicos Brasileiros que exercem suas funções em hospitais públicos e que trata pacientes como bicho..Aos médicos Cubanos eu deixo a minha indignação por essa atitude monstruosa desses filhinhos de papai que não querem ir para onde vocês foram convocados...Atitude extremamente racista..
  10. silvio meincke 27.08.2013 às 17:13
    Boa parte da população brasileira simplesmente ignora a existência dos pobres, assim como estava proibido alguém identificar-se como indígena, desde 1885, no Estado do Ceará. Ora, se indígenas são proibidos de identificarem-se como indígenas, eles "não existem" e pode-se tomar a terra deles. Mas eles existem, porque visitei o povo Tapeba, assim como existem os pobres, nos rincões onde os médicos brasileiros não querem ir. Elogios aos médicos cubanos que sabem que os rincões, com seus pobres abandonados existem, Que tipo de médicos, Marcia. Ora, médicos que honram seu juramento!
Fonte: Brasil 247

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