A foto acima diz tudo; um médico cubano negro, que
chegou ao Brasil para trabalhar em um dos 701 municípios que não
atraíram o interesse de nenhum profissional brasileiro, foi hostilizado e
vaiado por jovens médicas brasileiras; com quem a população fica: com
quem se sacrifica e vai aos rincões para salvar vidas ou com uma classe
que lhe nega apoio?
247 - Em nenhum
país do mundo, os médicos cubanos estão sendo tratados como no Brasil.
Aqui, são chamados de "escravos" por colunistas da imprensa brasileira
(leia mais aqui)
e hostilizados por médicos tupiniquins, como se estivessem roubando
seus empregos e suas oportunidades. Foi o que aconteceu ontem em
Fortaleza, quando o médico cubano negro foi cercado e vaiado por jovens
profissionais brasileiras.
Detalhe: os cubanos, assim como os demais profissionais estrangeiros, irão atuar nos 701 municípios que não atraíram o interesse de nenhum médico brasileiro, a despeito da bolsa de R$ 10 mil oferecida pelo governo brasileiro. Ou seja: não estão tirando oportunidades de ninguém. Mas, ainda assim, são hostilizadas por uma classe que, com suas atitudes, destrói a própria imagem. Preocupado com a tensão e com as ameaças dos médicos, o ministro Alexandre Padilha avisou ontem que o "Brasil não vai tolerar a xenofobia" (leia mais aqui).
Ontem, o governo também publicou um decreto limitando a atuação dos profissionais estrangeiros ao âmbito do programa Mais Médicos – mais um sinal de que nenhum médico brasileiro terá seu emprego "roubado" por cubanos, espanhóis, argentinos ou portugueses. Ainda assim, cabe a pergunta. Com quem fica a população: com o negro cubano que vai aos rincões salvar vidas ou com os médicas que decidiram vaiá-lo?
Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre a carteira provisória dos profissionais estrangeiros:
Detalhe: os cubanos, assim como os demais profissionais estrangeiros, irão atuar nos 701 municípios que não atraíram o interesse de nenhum médico brasileiro, a despeito da bolsa de R$ 10 mil oferecida pelo governo brasileiro. Ou seja: não estão tirando oportunidades de ninguém. Mas, ainda assim, são hostilizadas por uma classe que, com suas atitudes, destrói a própria imagem. Preocupado com a tensão e com as ameaças dos médicos, o ministro Alexandre Padilha avisou ontem que o "Brasil não vai tolerar a xenofobia" (leia mais aqui).
Ontem, o governo também publicou um decreto limitando a atuação dos profissionais estrangeiros ao âmbito do programa Mais Médicos – mais um sinal de que nenhum médico brasileiro terá seu emprego "roubado" por cubanos, espanhóis, argentinos ou portugueses. Ainda assim, cabe a pergunta. Com quem fica a população: com o negro cubano que vai aos rincões salvar vidas ou com os médicas que decidiram vaiá-lo?
Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre a carteira provisória dos profissionais estrangeiros:
Aline Leal Valcarenghi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo federal publicou ontem (26) decreto determinando que a carteira provisória dos médicos com diploma estrangeiro que atuarão pelo Mais Médicos deverão trazer mensagem expressa quanto à vedação ao exercício da medicina fora das atividades do programa.
Para atuar no Brasil, médicos formados no exterior precisam fazer o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). No entanto, a medida provisória que cria o Mais Médicos prevê que os profissionais que forem trabalhar por meio do programa não precisarão passar pelo procedimento para atuar no local especificado pelo Ministério da Saúde. Se o médico inscrito quiser atuar em outro local, deverá passar pelo Revalida.
O registro provisório do "médico intercambista" deverá ser solicitado ao Conselho Regional de Medicina (CRM) do estado onde o médico atuará. Os conselhos regionais disseram que entrariam na Justiça para terem o direito de não registrar os profissionais que não têm o Revalida. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que esta é uma determinação legal, e portanto, deve ser cumprida.
Segundo o decreto presidencial, a declaração de participação do médico intercambista no Mais Médicos, acompanhada dos documentos especificados, é condição necessária e suficiente para a expedição de registro profissional provisório e da carteira profissional.O registro deverá ser expedido pelo CRM no prazo de 15 dias a partir da apresentação do requerimento pela coordenação do programa.
O decreto publicado hoje prevê ainda que o supervisor e o tutor acadêmico, que acompanharão trabalho dos médicos que atuarão pelo programa, poderão ser representados judicial e extrajudicialmente pela Advocacia-Geral da União, entidade que defende a União.
Os tutores são professores indicados pelas universidades federais que aderiram ao programa. Já os supervisores podem ser profissionais de saúde ou docentes das instituições. De acordo com o Ministério da Educação, que determina o processo de supervisão, haverá um tutor para cada dez supervisores, e um supervisor para no máximo dez médicos. Os supervisores deverão fazer visitas periódicas aos médicos, no mínimo uma por mês.
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo federal publicou ontem (26) decreto determinando que a carteira provisória dos médicos com diploma estrangeiro que atuarão pelo Mais Médicos deverão trazer mensagem expressa quanto à vedação ao exercício da medicina fora das atividades do programa.
Para atuar no Brasil, médicos formados no exterior precisam fazer o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). No entanto, a medida provisória que cria o Mais Médicos prevê que os profissionais que forem trabalhar por meio do programa não precisarão passar pelo procedimento para atuar no local especificado pelo Ministério da Saúde. Se o médico inscrito quiser atuar em outro local, deverá passar pelo Revalida.
O registro provisório do "médico intercambista" deverá ser solicitado ao Conselho Regional de Medicina (CRM) do estado onde o médico atuará. Os conselhos regionais disseram que entrariam na Justiça para terem o direito de não registrar os profissionais que não têm o Revalida. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que esta é uma determinação legal, e portanto, deve ser cumprida.
Segundo o decreto presidencial, a declaração de participação do médico intercambista no Mais Médicos, acompanhada dos documentos especificados, é condição necessária e suficiente para a expedição de registro profissional provisório e da carteira profissional.O registro deverá ser expedido pelo CRM no prazo de 15 dias a partir da apresentação do requerimento pela coordenação do programa.
O decreto publicado hoje prevê ainda que o supervisor e o tutor acadêmico, que acompanharão trabalho dos médicos que atuarão pelo programa, poderão ser representados judicial e extrajudicialmente pela Advocacia-Geral da União, entidade que defende a União.
Os tutores são professores indicados pelas universidades federais que aderiram ao programa. Já os supervisores podem ser profissionais de saúde ou docentes das instituições. De acordo com o Ministério da Educação, que determina o processo de supervisão, haverá um tutor para cada dez supervisores, e um supervisor para no máximo dez médicos. Os supervisores deverão fazer visitas periódicas aos médicos, no mínimo uma por mês.
Comentários
1530 comentários em "Médicos brasileiros envergonham o País"Os comentários aqui postados expressam a opinião
dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247
-
Vergonha eles tem muita bagagem
profissional não são como os nossos que só fazem especialização e pensam
no dinheiro essas médica deviam é serem processadas por racismo e
perjúria -
Até parece que nós Brasileiros não
entramos escondidos nos EUA, para trabalhar em dois ou mais empregos,
passar fome por mais de 5 anos, prá depois voltar para o Brasil tirando
onda. Pura hipocrisia. Parabéns aos Médicos Estrangeiros... estão
galgando seu lugar no mercado da saúde, que seja no Brasil ou em que
pais for. Turma de recalcadas. -
Essas são "medicas" que não exercem a
prfissão com o intuito de salvar vidas, mas exercem a função somente
pelo dinheiro... o governo está certo, ninguém queria trabalhar nesses
municipios, então traga quem realmente quer... quem está afim de salvar
vidas! -
É lamentável essa cena! é isso que chamam
de "doutores"? Que nada! são patricinhas que ingressaram nas
Universidade com apenas um objetivo: formar-se e montarem o seu próprio
posto para acumular capital, os quais pobres de espírito e sem
alteridade usam de expediente mesquinho e vergonhoso. Por que não se
submeteram a missão de levar as mãos santas para curar os mais
necessitados nos rincões deste país? E agora passam a nos envergonhar
diante a imprensa com o desrespeito aos médicos estrangeiros, muitos
deles julgados pela cor. Que país é esse? Onde se prega o
multiculturalismo e alteridade e de repente nos deparamos com situações
constrangedoras. Essas "mimadinhas" deveriam repensar a sua escolha:
Será que a carreira de médica veio por vocação ou por situação? -
essas patricinhas nao sabem o que falam
pois querem ganhar a vida no mole entao senta num esterco e vao comer
minhocas que sejam bem vindos os medicos estrangeiros ja que os
brasileiros nao querem nada com a classe mais necessitadas -
Arrogantes! Primeiro criam um ato
chamado;"Ato Médico", onde pretendem "canibalizar" outros profissionais
de saúde competentes ingerindo em outras áreas de trabalho, de tal
maneira que as politicas publicas de saúde ficariam inviáveis, depois
hostilizam profissionais médicos de outros países que estão até o país
deles para fazer o trabalho que eles não querem fazer,além é claro de
faltarem com a ética profissional ao baterem o ponto em alguns hospitais
do país e simplesmente irem embora, trabalhar em hospitais e clinicas
particulares, o "Ato Médico " que queremos é aquele que diz respeito à
vocês fazerem o trabalho de vocês, ponto! Na verdade a categoria quer é
criar uma "casta", reserva de mercado, vergonha na cara!
-
Estes medicos filhos da P....., que estavam vaiando, tem que perderem a boquinha. babacas do caralh... -
Quando servia à UFG médicos e médicos
daquela Instituição eram solicitados com ótimos salários para trabalhar
no interior do Brasil eu por exemplo fui encarregado naquela época de
fazer a campanha no HCUFG e as respostas eram sempre negativas. Agora
fico observando: o que está atrapalhando o governo exercer suas
atividades o cartell político ou o cartell da sociedade médica
brasileira. Cabe neste momento no país uma grande discussão sobre este
impasse, e, enquanto isso nossas vidas ao léu sob os poderes dos insanos
da saúde pública brasileira. -
É esse tipo de atitude que envergonha o
nosso País lá fora..Atitudes de selvageria e de uma estupidez sem
par.São esses os médicos Brasileiros que exercem suas funções em
hospitais públicos e que trata pacientes como bicho..Aos médicos Cubanos
eu deixo a minha indignação por essa atitude monstruosa desses
filhinhos de papai que não querem ir para onde vocês foram
convocados...Atitude extremamente racista.. - Boa parte da população brasileira simplesmente ignora a existência dos pobres, assim como estava proibido alguém identificar-se como indígena, desde 1885, no Estado do Ceará. Ora, se indígenas são proibidos de identificarem-se como indígenas, eles "não existem" e pode-se tomar a terra deles. Mas eles existem, porque visitei o povo Tapeba, assim como existem os pobres, nos rincões onde os médicos brasileiros não querem ir. Elogios aos médicos cubanos que sabem que os rincões, com seus pobres abandonados existem, Que tipo de médicos, Marcia. Ora, médicos que honram seu juramento!
Fonte: Brasil 247
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