Foto: Arquivo pessoal |
Ainda assim, elas tentaram ir ao banheiro, mas foram seguidas pelo segurança. Agressivo, ele tentou mais uma vez impedir as jovens, quando um outro visitante da exposição viu o comportamento e tentou refreá-lo. "Ele falou para o segurança nos deixar em paz e foi agredido", conta Talita Andrade, afirmando que tentou conter o segurança e também foi agredida. "Ele também agrediu Roberta e empurrou mais algumas meninas".
Roberta recebeu um soco no olho, que ficou inchado e completamente roxo, e precisou ser atendida no Hospital Português. No dia depois do incidente, ambas prestaram depoimento queixa e fizeram exame de corpo de delito, além de terem que tomar a vacina antitetânica por causa dos ferimentos.
Talita diz acreditar que a confusão foi motivada por homofobia. "Estávamos tranquilas na festa, dançando e nos beijando, como fazemos em muitos lugares", relata, "Nunca pensei que fôssemos passar por isso. Talvez no máximo uma agressão verbal, mas nada desse tipo".
Ela afirma ainda que a própria negativa do segurança em deixar o casal ir ao banheiro pode ser interpretado como um sinal de que as ações foram motivadas por preconceito. "Nossas amigas pediram para ir ao banheiro e cinco minutos depois nós pedimos e ele não deixou. Não sou ingênua de fazer essa ligação", disse.
As jovens ainda alegam que o segurança desapareceu após o ocorrido e teria prestado queixa contra elas em uma delegacia, depois de rasgar a própria roupa e se autoflagelar. À TV Bahia, o Acbeu afirma que houve uma "agressão mútua" e que na segunda-feira (4) a diretoria do espaço irá se reunir para decidir como proceder em relação ao caso. A administração da galeria também salienta que pagou o tratamento de Roberta no hospital.
Nas redes sociais, amigas das vítimas e feministas estão organizando uma manifestação nesta segunda-feira, na frente do Acbeu para protestar contra a violência que as jovens sofreram. As informações são do Correio.
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