quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Desabamento na Tel Telemática deixa vários funcionários feridos

Paulo José/Acorda Cidade

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Corre-corre, gritaria, pânico, desespero. Essa foi a situação dos trabalhadores da empresa Tel Telemática, no Villa Olímpia, na manhã desta quarta-feira (9), quando o teto do setor de operações desabou, por volta das 10h00, deixando várias pessoas feridas. Segundo alguns funcionários, no ano passado outro desabamento de menor porte teria ocorrido.
 
 
De acordo com o Capitão Moreira, ainda não um número exato de pessoas feridas e nem os nomes, mas segundo ele, além das vítimas do desabamento em si, muitas pessoas se feriram no desespero de tentar sair do local. 
 
“As pessoas tentaram sair e no pânico muitas se machucaram. No local tem uma saída de emergência, onde as pessoas, inclusive, quebraram uma porta de vidro para sair. Para a quantidade de pessoas que trabalham no local, outra saída de emergência deveria existir”, constatou. 
 
Segundo o Capitão, a edificação ficará interditada até que uma vistoria seja feita por uma empresa de engenharia. De acordo com ele, no local foi identificada a ação de agentes biológicos, como cupins, que se manifestaram na estrutura de madeira. 
 
Uma funcionária relatou que no local não tem estrutura suficiente para trabalhar. “Essa era uma empresa de biscoito e em três meses eles colocaram a gente aqui para trabalhar sem nenhuma estrutura. Agora o teto desabou. Eles não nos respeitam e a empresa queria que mesmo com essa situação a gente voltasse ao trabalho. A empresa não tem médico e se houver uma emergência não tem ninguém para ajudar”, afirmou. 
 
Várias ambulâncias da Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e também da Concessionária Via Bahia estiveram no local para prestar socorro as vítimas. Segundo informações ninguém se feriu gravemente. 
 
Funcionários reclamam de desorganização 
 
Muitos funcionários aguardavam na fila para receber o salário. Eles reclamaram da falta de organização da empresa, principalmente, com relação ao pagamento. 
 
 
“Estou aqui igual a um mendigo esperando nessa fila, no sol para receber meu salário. Eles dão cartão, mas a gente vai ao banco e não tem dinheiro. Depois mandam a gente vim receber aqui”, relatou uma funcionária. 
 
Outra funcionária reclamou de assédio moral. “Os supervisores nos tratam mal, nos dão advertência e suspensão por qualquer motivo. Além disso, eles não se responsabilizam por nossos pertences e acontecem muitos roubos”, afirmou. 
 
As informações e fotos são do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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