Uma imagem de um beijo gay exibida esta semana durante o programa do candidato do PSOL a prefeito de Joinville, Leonel Camasão, tem causado polêmica e desconforto à ala conservadora da maior cidade de Santa Catarina. O editor de um jornal de grande circulação na cidade, João Francisco da Silva, criticou duramente a iniciativa, em sua coluna no "Jornal da Cidade", para expressar sua opinião sobre o episódio. "Nojento aquele beijo gay exibido no programa eleitoral do Leonel Camasão, do PSOL. Tão asqueroso quanto alguém defecar em público ou assoar o nariz à mesa. Gostaria de saber qual a necessidade de exibir suas preferências sexuais em público? Para mim isso é tara, psicopatia. No mínimo falta de decoro. E a ‘figura' quer ser prefeito e se diz jornalista", escreveu o jornalista.
Camasão, que tem 26 anos, declarou que a ideia do beijo era marcar posição contra o preconceito e sair em defesa dos direitos da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros), além de promover o debate sobre o assunto. Após a publicação no jornal, o postulante entrou com um pedido à Promotoria de Direitos Humanos e Cidadania do Ministério Público de Santa Catarina para obter um direito de resposta. Segundo o pessolista, os comentários são agressivos e vão contra a população LGBT e o PSOL.
“O candidato Leonel Camasão lamenta a postura do Jornal da Cidade e do colunista João Francisco, ao publicarem grave ofensa na edição de 31 de agosto. De maneira leviana, João Francisco ataca não só a campanha e a figura de Leonel, mas também, a toda população LGBT de nossa cidade. O ataque gratuito é uma grave ofensa aos direitos humanos e ao Código de Ética dos Jornalistas. Repudiamos tal atitude. Ao contrário do insinuado, Leonel se formou em jornalismo em 2008, na segunda melhor escola de jornalismo do Sul do Brasil à época. Tomaremos todas as medidas legais para coibir essa nefasta e preconceituosa prática deste jornal", diz em nota que será publicada como direito de resposta.
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