quinta-feira, 26 de julho de 2012

Dono de garimpo na Serra da carnaiba é indiciado por homicídio culposo

A Policia Civil, através do delegado Delmar Bittencourt, já concluiu o inquérito policial sobre a tragédia ocorrida na Serra da Carnaíba,no município de Pindobaçu, fato registrado no dia 21 de abril, onde cinco garimpeiros morreram ao despencar de uma altura de aproximadamente 150 metros.O proprietário do Garimpo, Sivaldo Pereira do Nascimento (Bolinha), e o gerente do local, Gildásio dos Santos (Cabeção), foram indiciados por homicídio culposo, enquadrados no artigo 121, 29 e 69 todos do código penal.

As vitimas identificadas como sendo Edivaldo Araujo Cerqueira, Antonio dos Santos Cardoso, Silvino Benicio de Souza, Arnaldo Conceição de Almeida e Edivaldo Cardoso de Alcântara, trabalhavam no Garimpo denominado Deus é Amor, de extração de esmeraldas, desciam diariamente através de um elevador até a mina.Durante a investigação, chamou atenção da policia, os depoimentos de dois funcionários, o operador do guincho, Joventino Carvalho da Silva, e José Gonçalves, o Fio.

Joventino contou que as cinco vítimas se preparavam para descer, e ele deu o toque para o cabo de aço subir e centralizar para iniciar a descida, ligando o motor do guincho.
Ao puxar o freio, uma porca que segura o parafuso que faz parte do freio de mão soltou, e o cabo de aço começou a descer em alta velocidade. Disse ainda que tentou uma segunda opção, acionando uma outra trava com os pés, mas quando acionou saiu faísca de fogo por conta do atrito, e ele não teve mais condições de para o cabo de aço… Ao ser perguntado pelo delegado, se sabia informar as causas do acidente, o guincheiro respondeu… Que acha que se tivessem apenas duas pessoas não haveria o acidente, e quem determina a quantidade de pessoas que vai descer para trabalhar são os responsáveis pela mina… Joventino também declarou em depoimento… que após o acidente viu BOLINHA determinar a pessoa conhecida como FIO, para colocar a porca no lugar com objetivo de esconder o que tinha acontecido… que quando a perícia chegou a peça com defeito tinha sido colocada no lugar. O guincheiro contou ainda que nunca recebeu nenhum tipo de treinamento, e a manutenção somente era feita quando qualquer uma das peças estivesse imprópria para o uso. O depoimento de José Gonçalves, o Fio, confirma o que declarou o guincheiro. As alegações dos indiciados, BOLINHA e CABEÇÃO, segundo o delegado não foram convincentes, tendo em vista que o equipamento utilizado é nitidamente inapropriado para transportar seres humanos, e que foi constado pela perícia flagrante desrespeito as normas regulamentadoras NR2- Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração… O delegado Delmar Araújo Bittencourt, não indiciou o guincheiro, já que não ficou provado que seu comportamento deu causa ao acidente.O caso agora é com a justiça.


Fonte: BLog do walterley

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