Prefeitura de Senhor do Bonfim não cancela, mas reduzirá “festejos juninos” por causa da seca

A cidade de Senhor do Bonfim, que é considerada “A capital baiana do forró” e realiza todos os anos uma das melhores festas de São João do Nordeste, neste ano terá os seus festejos juninos mais modestos, em razão da longa estiagem que afeta o município.
A maior seca dos últimos 30 anos no semiárido da Bahia, levou o prefeito de Senhor do Bonfim, Paulo Machado (PP), a realizar uma audiência pública para discutir as ações do São João. Vendedores ambulantes, proprietários de hotéis, restaurantes, pousadas, empresários, comerciantes, promotores de eventos  e segmentos diversos da sociedade, discutiram e apresentaram opiniões diversas com relação aos festejos.
A atitude de discutir o assunto com a população foi tomada, após o Tribunal de Contas dos Municpios (TCM) da Bahia, anunciar que vai acionar o Ministério Público Estadual (MPE), para tomar medidas urgentes contra as cidades que realizarem festejos em situação de emergência, por conta da seca, como é o caso de Bonfim. O TCM, não vai tolerar gastos dessas prefeituras com as festas de São João.
Diante da situação, a prefeitura apresentou as seguintes propostas, para não cancelar, mas reduzir os dias de festejos e diminuir os custos, sem prejudicar os setores da economia que dependem da festa:
1- Realizar o São João, com apenas três dias de festa, sexta, sábado e domingo.
2- Cortar da grade de programação bandas e cantores contratados por altos valores.
3- Realizar a decoração do Parque da Cidade de maneira mais simples.
4- Cortar a participação de bandas no Forrobodó, que teria apenas os sanfoneiros como atrações;
5- Reduzir o São João nos bairros, contando somente com a participação de sanfoneiros, sem a presença de bandas.
6- Cancelar os festejos dos distritos de Igara e Quiçé.
Essas propostas ainda estão sendo discutidas entre os setores interessados no São João e as definições devem ocorrer até a próxima quinta-feira (10).
Devido à seca, provavelmente o São João de Senhor do Bonfim será sem muita “pompa”, neste ano.
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Carlos Britto