A agente de saúde Rozinete Serrão, de 55 anos, é um chamego só com os netos Antônio Bento e Vítor Gabriel. É beijo para lá, abraço para cá. A diversão rola solta toda vez que ela visita a casa da filha Cláudia Michelle, mãe dos meninos, no bairro da Iputinga, no Recife. Pensar que há cinco anos tudo seria muito diferente se Rozinete não tivesse tido coragem de enfrentar o maior desafio da vida dela: dar à luz os gêmeos. O G1 acompanhou a história dessa família, para quem a celebração do Dia das Mães é sempre especial.
A legislação brasileira não permite que mulheres que não sejam parentes gerem filhos de outra, a chamada 'barriga de aluguel'. A gravidez era de alto risco, porque Rozinete tinha 51 anos na época. Quando mais jovem, teve três filhos e resolveu ligar as trompas - o que não impediu a gestação por meio da fertilização in vitro, pela qual o óvulo de Michelle foi fecundado com o espermatozoide do marido dela e colocado dentro do útero de Rozinete.
Michelle dividiu com a mãe os carinhos, os cuidados e até os sintomas da gravidez. Contra todos os prognósticos, a gestação foi um sucesso, sem nenhuma complicação. Os bebês nasceram saudáveis e assim permanecem na infância. Quando a agente de saúde pergunta onde os netos nasceram, os dois respondem igualzinho: “na barriga da vovó”, apontando para o ventre de Rosinete, de quem ganham um "cheiro" logo em seguida.
“Logo quando eles nasceram, botei na cabeça que eles eram de Cláudia e, graças a Deus, isso nunca ficou confuso dentro de mim. Quando eles estavam aprendendo a falar, me chamaram algumas vezes de mãe, mas fiz questão de deixar bem claro que eu era avó. E esses meninos são loucos por Cláudia. Nunca fiquei interferindo na criação deles”, conta.
A agente de saúde tem outros netos. Um deles, inclusive, mora com ela há cerca de dois anos, desde que os pais se separaram. Mais uma vez, ela aceita o papel de mãe, levando Matheus Henrique, 7 anos, à escola, dando comida, colocando para dormir. Mas ela não nega que tem um carinho especial pelos gêmeos. “Eles foram gerados dentro de mim. Também dei de mamar a eles. É diferente. Vou estar mentindo se disser que não sinto uma coisa a mais”, admite.
Até hoje, em todo Dia das Mães, Rozinete ganha presente dos meninos. “É mais fácil Cláudia deixar de ganhar do que eu”, brincou. A data, como sempre, promete ser uma grande festa, já que a família adora uma farra. A avó ainda faz uma revelação: Cláudia agora vai adotar uma menina.
Rozinete Serrão com os netos gêmeos Antônio Bento (E) e Vitor Gabriel (Foto: Luna Markman / G1)
Aos 27 anos, Michelle já havia tentado vários tratamentos para engravidar. Tinha um problema no útero e andava triste com a impossibilidade de realizar seu maior sonho: ser mãe. Foi quando chamou Rozinete para a conversa. “Ela perguntou se eu aceitava ser a 'barriga de aluguel' dela. Nem pensei duas vezes, disse sim na hora. Não aguentava mais ver a milha filha sofrendo com isso”, lembra.A legislação brasileira não permite que mulheres que não sejam parentes gerem filhos de outra, a chamada 'barriga de aluguel'. A gravidez era de alto risco, porque Rozinete tinha 51 anos na época. Quando mais jovem, teve três filhos e resolveu ligar as trompas - o que não impediu a gestação por meio da fertilização in vitro, pela qual o óvulo de Michelle foi fecundado com o espermatozoide do marido dela e colocado dentro do útero de Rozinete.
“Logo quando eles nasceram, botei na cabeça que eles eram de Cláudia e, graças a Deus, isso nunca ficou confuso dentro de mim. Quando eles estavam aprendendo a falar, me chamaram algumas vezes de mãe, mas fiz questão de deixar bem claro que eu era avó. E esses meninos são loucos por Cláudia. Nunca fiquei interferindo na criação deles”, conta.
Gravidez de Rozinete, apesar de todos os riscos,
foi bem tranquila (Foto: Rodrigo Lôbo / JC Imagem)
Rozinete afirma que, depois que a gravidez virou notícia na mídia, em 2007, ela recebeu várias propostas de todo o Brasil. "Teve uma pessoa que me ofecereu até R$ 50 mil e um carro do ano para eu ser barriga de aluguel de novo, mas não aceitei, pois fiz isso somente por amor. Eu me sinto uma supermãe por ter feito isso e faria para qualquer um dos meus filhos, pois não tem gratificação maior do que vê-los felizes", comenta.foi bem tranquila (Foto: Rodrigo Lôbo / JC Imagem)
A agente de saúde tem outros netos. Um deles, inclusive, mora com ela há cerca de dois anos, desde que os pais se separaram. Mais uma vez, ela aceita o papel de mãe, levando Matheus Henrique, 7 anos, à escola, dando comida, colocando para dormir. Mas ela não nega que tem um carinho especial pelos gêmeos. “Eles foram gerados dentro de mim. Também dei de mamar a eles. É diferente. Vou estar mentindo se disser que não sinto uma coisa a mais”, admite.
Até hoje, em todo Dia das Mães, Rozinete ganha presente dos meninos. “É mais fácil Cláudia deixar de ganhar do que eu”, brincou. A data, como sempre, promete ser uma grande festa, já que a família adora uma farra. A avó ainda faz uma revelação: Cláudia agora vai adotar uma menina.
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