quinta-feira, 31 de maio de 2012

Deputado defende criação de um espaço público para contemplar os adeptos dos paredões de som

                                          Divulgação/Imagem ilustrativa
Depois de ter acompanhado pela segunda vez o Encontro de Paredões de Som Automotivo em Feira de Santana - cuja quarta edição aconteceu neste final de semana (26 e 27 de maio) - o deputado estadual líder do Governo na Assembleia Legislativa da Bahia, Neto (PT), chegou à conclusão de que é preciso que a cidade tenha um espaço para o encontro dos adeptos dos paredões e aqueles que têm som de carro e gostam de ouvir suas músicas em um volume não tão adequado para que a maioria da população.

De acordo com o parlamentar, a presença de mais de quatro mil jovens neste encontro demonstra que um apelo forte daqueles que são adeptos dessa modalidade de diversão e fica mais de que configurada a necessidade de fazer com que esses jovens tenham um diálogo com o poder instituído.


Na opinião do deputado, “se nós não abrirmos os olhos para dialogar com esses jovens, vamos cada dia ampliar a distância entre o poder público e eles e quem vai perder com isso é a sociedade”.


Para ele, “chegou a hora de dialogar, de criar espaço e fazer com que aqueles que curtem os paredões de som entendam que temos que utilizar espaço adequado para esses veículos com som acima do tolerável pela comunidade. Entendo que a prisão, sem educação e sem diálogo, não vai resolver o problema que ocorre não com relação a essa modalidade de agressão ambiental, mas também é preciso que nós tenhamos políticas claras com relação às igrejas, aos bares, a outros tipos de entidades, e fazer com que financiamento público para a modalidade acústica desses empreendimentos e desses grupos possam também fazer parte do elenco das iniciativas públicas no sentido de resolver tal questão”.


Pensando nisso, o vereador feirense, Ângelo Almeida (PT), apresentou requerimento - que vai ter a assinatura do deputado Neto - ao Governo pedindo a abertura do debate com a Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), as igrejas evangélicas, e demais templos religiosos que utilizem som, para que recursos adequados possam ser viabilizados.


“A ideia é que tenhamos possibilidades de construirmos uma condição onde não haverá exclusão daquele que precisam da sonoridade para realizar seus eventos e não haverá também o incômodo da comunidade que reclama justamente da situação de agressão ambiental. Nesse sentido, é preciso ampliar os diálogos para resolver esse problema que é grave e precisa ser resolvido com intermediação do poder público para alcançar êxito”, afirma Neto.


ParedõesOs paredões de som são formados por diversos autos-falantes e, às vezes, cornetas. Existem atualmente várias competições em que quanto maior e mais potente o paredão, mais status o competidor dono do agrupamento de sons ganha.

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