No sudoeste da Bahia, o preço para utilizar o transporte de cargas com jegues subiu até 70%. Em Rancho Alegre, distrito de Vitória da Conquista, terceira maior cidade do estado, o animal é cada vez mais valorizado pelos moradores que precisam se deslocar para transportar água.
Guilhermina Santos comprou o jegue por R$ 250 e garante que não vende o animal. "Se eu vender ele eu fico sem beber", diz.
Quem não tem o animal reclama também do aumento no preço das viagens dos carroceiros, que estão cobrando R$ 10 por viagem. "Antes nós pagavamos R$ 6, R$ 5 reais, e agora cada vez fica mais caro", diz Marli Silva, moradora a região.
"Jegue é um animal de valor. Outro dia um amigo meu andou caçando um por aí, mas estava muito caro, porque quem tem o seu não quer vender", avalia o lavrador Manoel de Jesus.
Seca
A seca que atinge a Bahia já é considerada a mais intensa dos últimos 47 anos e está provocando reflexos na produção agrícola e pecuária do estado.
A falta de chuva e a escassez de água nos leitos de alguns rios provocou a perda de 25% do que foi plantado, de acordo com Rui Costa, secretário da Casa Civil e coordenador do Comitê Estadual para Ações Emergenciais de Combate à Seca.
Ao todo, 242 cidades decretaram situação de emergência e 209 foram homologados pelo governo estadual, de acordo com o Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (2).
Segundo o Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia, a seca registrada no estado em 1965 tem características semelhantes ao atual período de 2012.
Do G1 BA, com informações da TV Sudoeste
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