Na cidade de Feira de Santana, a 100 km da capital, os trabalhadores rurais recomeçam a preparar a terra para o cultivo de sementes, animados com os primeiros sinais de chuva depois de oito meses de estiagem.
Nesta segunda-feira (21), na zona urbana, a população que saiu cedo para o trabalho tirou do armário guardas-chuvas, sombrinhas e agasalhos para se proteger da chuva.
De acordo com a Estação Climatológica da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), em 36 horas choveu 21 milímetros, o equivalente a 30% do previsto para o mês de maio. A UEFS prevê que o tempo chuvoso deva permanecer ao longo do dia.
Na casa da agricultora Natildes da Costa, ela e o marido trataram a terra para o plantio de feijão e milho, por exemplo. "Fico alegre! Com fé em Deus. É alegria para a gente plantar e ter comer", diz a trabalhadora do campo.
Com a seca prolongada, Irineia Brito perdeu tudo nos últimos meses. Ao lado do filho, entretanto, a agricultora não perdeu tempo e começa a lançar à terra sementes de feijão durante a manhã. "Se a chuva continuar, está certo. Se não, é feita a vontade de Deus. Mas vai continuar com a força de Deus", afirma.
O sindicato dos trabalhadores rurais espera que a prefeitura disponibilize as sementes de milho e feijão para continuar o plantio. "Há proposta da prefeitura de distribuição de sementes", diz José Sales, presidente da entidade.
O secretário municipal de Agricultura, Ozeny Moraes, disse que a distribuição só pode começar a ser feita depois de uma avaliação técnica. Ainda é preciso saber se vai continuar chovendo para decidir se é hora de plantar.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), alguns pontos semiáridos do nordeste da Bahia devem ter chuvas de baixa intensidade nos próximos dias, mas no centro-oeste, um dos pontos mais afetado pela seca, não há previsão.
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