quarta-feira, 9 de maio de 2012

Cai helicóptero que participava de reconstituição de chacina em Goiás.


O helicóptero da Polícia Civil que participava da
reconstituição da chacina em Doverlândia, Goiás,
caiu na tarde desta terça-feira (8), enquanto
voltava para a capital. O acidente aconteceu
próximo a Piranhas, na região de Doverlândia.
A confirmação foi dada pelo Corpo de
Bombeiros, que enviou um helicóptero para
atender a ocorrência. A Polícia Civil
confirmou que oito pessoas estavam na
aeronave, entre elas dois delegados e o
principal suspeito da chacina, Informações
ainda a serem confirmadas dão conta
que não houve sobreviventes.
A Polícia Civil de Goiás retomou, na manhã
desta terça-feira, a reconstituição da chacina.
O crime aconteceu no dia 28 de abril, em
uma fazenda onde sete pessoas morreram
degoladas.
O superintendente da Polícia Judiciária
em Goiás, o delegado Antônio Gonçalves,
e o delegado de Doverlândia, Vinícius da
Silva, estavam responsáveis por conduzir
o segundo dia dos trabalhos de reprodução
simulada dos fatos. Na primeira parte da
reconstituição, realizada na última quinta-feira (3)
com a coordenação da delegada-geral de
Polícia Civil, Adriana Accorsi, os investigadores
teatralizaram, com ajuda de dublês, as duas
primeiras mortes: do proprietário da fazenda
e do filho dele, mortos dentro da casa.
Nesta terça, a polícia decidiu usar manequins
para representar as cinco vítimas mortas na
área externa da propriedade. Segundo Antônio
Gonçalves, o mudança tem como objetivo facilitar
os trabalhos. "Nestas cenas, os corpos serão
arrastados no pasto. Com manequins fica
mais fácil", explicou o delegado.

Suspeito
Assim como no primeiro dia da reconstituição,
o principal suspeito do crime, Aparecido Souza Alves,
22 anos, foi a Doverlândia acompanhar os trabalhos.
"Ele vai falando o que aconteceu, enquanto os
peritos vão encenando, filmando e fotografando",
detalha Gonçalves. Segundo ele, como não há
nenhuma testemunha visual dos fatos, essa é
uma importante prova técnica para desvendar o caso.

Aparecido, que confessou ser o autor da
chacina, chegou a dizer que matou as sete
vítimas sozinho. Mas, durante o primeiro
dia da reconstituição, disse ter tido ajuda no
pai durantes as execuções. A hipótese, apesar
de ainda estar sendo investigada, é considerada
"difícil", pela polícia. "O pai dele alega que
esteve em uma cooperativa até as 15h. Ele
teria que ter andado 15 quilômetros a pé em
menos de uma hora para estar na fazenda
na hora em que o crime começou", diz o superintendente.
Doverlândia, Goiás (Foto: arte/G1)











Nesta segunda-feira (7), Aparecido passou por
novos exames psicólogos. O objetivo é traçar o
perfil psicológico do suspeito, que já mudou a
versão dos fatos por diversas vezes, tanto sobre
a participação de pessoas quanto à motivação.
Até agora, segundo o superintendente, a única
certeza é que o jovem cometeu os crimes, pois
com ele a polícia encontrou o celular de uma
das vítimas, roupas sujas de terra e de sangue,
além dele ter deixado na casa do pai duas armas,
uma delas roubada na fazenda.

O superintendente classifica o caso como emblemático.
"Não dá para confiar no que ele diz. Primeiro, disse
que seria pago. Depois, que pegaria um dinheiro
na casa. Incluiu o próprio pai. Ficou seis horas
no local e não levou quase nada", pontua Gonçalves .

Vítimas
No último dia 28 de abril, sete pessoas foram
degoladas em uma fazenda na zona rural de
Doverlândia. Morreram o dono da fazenda e
o filho dele, um caseiro da propriedade e dois
casais que haviam ido visitar o fazendeiro.
Além do principal suspeito, outras três pessoas
estão presas. Segundo a polícia, eles foram
ouvidos e negaram participação no crime.

G1

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