Moradores de Montes Claros, no Norte de Minas, amanheceram assustados com três temores que ocorreram na cidade durante a madrugada desta segunda-feira. De acordo com a população, os abalos aconteceram à 1h47, às 2h20 e o terceiro por volta das 4h da manhã.
O técnico André Menezes, do Observatório Sismológico da Universidade Federal de Brasília (UnB), informou que os dados ainda estão sendo analisados para que sejam levantadas mais informações sobre o evento. Mas, o observatóro estimou que o abalo foi de 3.0 graus na escala Richter. Ainda de acordo com Menezes, os abalos estão sendo provocados por uma falha geológica existente na cidade, que está sendo estudada. A Defesa Civil também ajuda nas apurações. Durante a madrugada, o Corpo de Bombeiros recebeu mais de 300 ligações de diferentes partes da cidade, mas não houve registro de ocorrências ou vítimas.
Tremores constantes
O município sofre com tremores frequentes que assustam moradores. O último aconteceu em outubro do ano passado. O sismo de 2,6 graus na escala Richter foi registrado durante a manhã. Foi o terceiro abalo na cidade em 2011 e o quinto num período de 13 meses.
No dia 9 de dezembro de 2007, uma menina de 5 anos morreu em Caraíbas, distrito de Itacarambi, cidade perto de Montes Claros, quando um terremoto de 4,9 graus na escala Richter atingiu a região. O tremor, medido pelo Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, foi o primeiro a causar uma morte no Brasil. A menina dormia em casa com a família quando a estrutura caiu e a esmagou.
O abalo ocorreu de madrugada. Outras duas pessoas sofreram traumatismo craniano e quatro internadas com ferimentos leves. Várias casas ficaram completamente destruídas no distrito. Nos dias seguintes ao terremoto de maior magnitude, o local continuou sentindo abalos menores. Além de Caraíbas, o tremor foi sentido também de forma mais leve em Itacarambi, Manga e Januária, todas no Norte de Minas.
Depois de todas essas ocorrências o governo de Minas, por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), reativou em, 2011, o sismômetro que monitora a comunidade de Caraíbas.
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