O dono do garimpo onde cinco trabalhadores morreram na manhã deste sábado (21) afirmou que tem autorização para manter a atividade de extração de esmeraldas na região norte da Bahia e que os equipamentos foram vistoriados recentemente.
"O problema não foi o maquinário porque tudo é legalizado, tudo vistoriado. É cabo novo, é guincho de corrente nova, é tudo legalizado", afirmou o proprietário Silvado Nascimento em entrevista à TV São Francisco.
Os trabalhadores morreram depois que o cabo de aço que sustentava um equipamento partiu e eles caíram cerca de 150 metros, o equivalente a um prédio de cinco andares. As causas do acidente ainda são desconhecidas e a polícia não informou quando vai divulgar o resultado da perícia feita no equipamento.
A área de extração de esmeraldas está localizada na Serra de Carnaíba, a 20 km do município baiano de Pindobaçu. O acidente ocorreu por volta das 7h, dentro de um galpão onde fica um guindaste utilizado para transportar os funcionários até o garimpo, a 170 metros de profundidade.
Garimpo funciona em área de difícil acesso na
região norte da Bahia (Foto: Imagem/TV Norte)
Segundo relato de testemunhas, o rompimento do cabo de aço provocou a falta de freio no sistema de elevação da "caçamba" [como tem sido chamado o suporte que transporta as pessoas], o que teria feito os garimpeiros despencarem até o subsolo da mina.região norte da Bahia (Foto: Imagem/TV Norte)
Mesmo depois das cinco mortes, o restante dos garimpeiros continuou trabalhando neste sábado.
Ao norte do estado, a Serra da Carnaíba concentra uma das maiores reservas de esmeralda do Brasil. São quase 100 garimpos. O trabalho de extração das pedras preciosas é considerado de alto risco porque geralmente é feito de forma improvisada, sem as condições mínimas de segurança. Alguns garimpeiros usam pequenas cadeiras para descer, também sustentadas por cabo de aço.
G1
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