segunda-feira, 30 de abril de 2012

Avião derrapa na pista e fere três pessoas em Bangladesh

                          Avião da Real Força Aérea tailandesa derrapou na pista do aeroporto Hazrat Shahjalal, em Dhaka, em Bangladesh, nesta segunda (30). (Foto: Munir uz Zaman/AFP) 
Avião da Real Força Aérea tailandesa derrapou na pista do aeroporto Hazrat Shahjalal, em Dhaka, em Bangladesh, nesta segunda (30). (Foto: Munir uz Zaman/AFP)
                         O avião, que levava 15 pessoas, derrapou na pista deixando 15 feridos, segundo autoridades (Foto: AFP) 
O avião, que levava 15 pessoas, derrapou na pista deixando 15 feridos, segundo autoridades (Foto: AFP)

‘Um dia vamos reconhecer nossa filha’, diz mãe de Madeleine Mccann

 
 de como Madeleine estaria hoje, a poucos dias de completar 9 anos de idade. E no mês que vem, a mãe vai lançar uma nova versão do livro que escreveu sobre o caso. Com um novo capítulo em que ela comenta a revisão das investigações.
Em entrevista ao Fantástico, Kate diz: “não tenho dúvida que um dia iremos reconhecer a nossa filha. Tenho certeza de que Madeleine vai se lembrar de nós”.
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Poucas vezes um casal despertou sentimentos tão contraditórios em tanta gente. Será que eles são criminosos que fizeram mal à própria filha? Ou são pais que passaram por um sofrimento terrível e fazem de tudo pra encontrar uma menina perdida? O gesto é imediato. Aparecer de mãos dadas é um símbolo do casal. Mas Gerry e Kate Mccann sabem que o mundo não olha tanto para as mãos, e sim para os olhos deles em busca de uma resposta.
A polícia britânica acredita que Madeleine Mccann ainda pode estar viva. Nesta semana, os investigadores da Scotland Yard divulgaram o resultado de uma longa revisão do processo. O detetive que comandou a revisão disse que a polícia britânica tem quase 200 novas pistas sobre o desaparecimento. Só que a polícia portuguesa ainda não vê motivos pra reabrir o caso.
                         Imagens divulgadas pela Scotland Yard mostram Maddie McCann aos 3 anos (à esquerda) e, em uma projeção feita em computador, como ela estaria atualmente aos 9 (Foto: AFP) 
Imagens divulgadas pela Scotland Yard mostram Maddie McCann aos 3 anos (à esquerda) e, em uma projeção feita em computador, como ela estaria atualmente aos 9 (Foto: AFP)
O caso
A família britânica passava férias com um grupo de amigos na Praia da Luz, na região do Algarve, em Portugal. Estavam hospedados no Hotel Ocean Club. Naquela noite, Madeleine foi deixada dormindo no quarto, junto com os dois irmãos menores. Os pais foram jantar em uma mesa com mais 7 pessoas no Tapas Bar, o restaurante do hotel.
Às 22h, Kate Mccann foi ver os filhos no quarto e deu o alarme: a janela estava aberta, e Madeleine não estava na cama. A família estava no apartamento 5A, onde estava a família Mccann na noite de 3 de maio de 2007. O apartamento tem acesso direto à rua dos fundos do hotel. E na esquina, Madeleine pode ter sido vista pela última vez.
Uma amiga da família disse à polícia que viu um homem desconhecido carregando uma criança, indo naquela direção. Desde então, Madeleine foi procurada pela maior operação internacional já montada para procurar alguém.
A busca só encontra novas perguntas, que continuam sem resposta. Os pais cometeram um crime? Em setembro de 2007, quatro meses após o desaparecimento, Gerry e Kate Mccann foram indiciados pela polícia portuguesa como suspeitos no caso. O inquérito foi arquivado por falta de provas.
Para a justiça, o casal é inocente. Mas um homem não concorda. Gonçalo Amaral foi o policial que comandou as investigações logo depois do desaparecimento. E tem outra conclusão. Os pais são culpados daquilo que aconteceu. Em termos de investigação, ocorreu um acidente em casa, a criança morreu, e o corpo foi ocultado.

Gonçalo foi afastado do caso. Por isso pediu demissão da polícia e escreveu um livro chamado "a verdade da mentira". Os pais de Madeleine processaram o ex-policial e pedem uma indenização equivalente a R$ 3 milhões.
E a investigação foi bem feita? O casal Mccann teve uma relação difícil com os policiais desde o início. Acusam as autoridades portuguesas de lentidão na procura de Madeleine e de erros na coleta de evidências.
O principal indício contra os dois foram vestígios do DNA encontrados num carro que eles alugaram 24 dias depois do desaparecimento da filha. Os vestígios não foram considerados suficientes pelos laboratórios para provar que o corpo da menina foi levado no carro.
Para Gonçalo Amaral, o grande problema do inquérito foram as pressões diplomáticas da Grã-Bretanha para inocentar o casal. “Eu fui afastado da investigação porque me pediram pra arquivar o processo”, diz Gonçalo.
Os pais não são culpados de negligência? A distância entre o quarto onde Madeleine dormia e o restaurante em que os pais jantavam é de 50 metros em linha reta. Contornando a piscina e passando pelos portões, a caminhada chega a 120 metros.
Além disso, entre a piscina e os apartamentos, existe uma via pública. Essa ruela, um acesso livre para qualquer criminoso. Nos fundos, a janela do quarto das crianças está no térreo e pode ser vista da rua.
Pela lei brasileira, os pais de Madeleine muito provavelmente estariam condenados por abandono de incapaz. Gerry garante que eles agiram corretamente, segundo as leis britânicas. Mas que isso não elimina o sentimento de culpa. No fim das contas, ele admite: “Nós falhamos. Criamos a oportunidade para alguém levar a nossa filha."

Casal é morto a tiros dentro de igreja em Caxias do Sul, diz polícia

                           Policiais retiram corpos de vítimas de dentro da igreja (Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Agência RBS) 
Policiais retiram corpos de vítimas de dentro da igreja (Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Agência RBS)
Um grupo armado interrompeu de forma trágica um culto religioso dentro de uma igreja em Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul, por volta das 21h de domingo (29). De acordo com o Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO), quatro homens invadiram a Igreja Assembleia de Deus do bairro Vila Ipê e dispararam contra um casal (os dois com 46 anos), que morreu no local. Uma jovem de 20 anos ainda foi atingida por um tiro no pé, mas foi socorrida e levada a um hospital.
De acordo com a polícia, os homens invadiram o culto pedindo para que os fiéis deitassem no chão. Em seguida, efetuaram disparos contínuos contra o homem e a mulher. Os quatro suspeitos fugiram a pé. As vítimas não tinham antecedentes criminais.
O local foi isolado e a Polícia Civil e o Departamento Médico Legal (DML) foram acionados para a remoção dos corpos. A polícia trabalha inicialmente com crime de execução. O caso vai ser investigado pela 2ª Delegacia.

Gado não resiste à seca e morre à beira da pista na região de Itiúba

O azul e o amarronzado divididos apenas pelo horizonte. Os bichos que antes pisavamnessa terra nua e ardente foramprocurar sombra. Sem água e comida, a morte é o seu destino



Não se vê um sabiá ou pássaro preto cortando a caatinga. São os primeiros retirantes da seca ordinária que atinge boa parte da Bahia. O céu, azul como nunca, pertence somente ao voo sombrio dos urubus. Mau sinal. O que é fartura para eles representa a sede, a fome e a morte de outros animais. Nus, os pastos estão cinzas.



Em alguns povoados próximos a Itiúba, microrregião de Senhor do Bonfim, no semiárido baiano, as áreas reservadas ao gado parecem ter pegado fogo. O carro de reportagem começa a estremecer de repente, na estrada de barro entre a BA-381 e a pequena cidade de Andorinha. As chamadas costelas de vacas, dobras que a falta de chuva deixa no meio da pista, tornam a viagem demorada. Mas, é em ritmo lento que a seca fica ainda mais triste.

Devagar, é possível ver os primeiros pontos brancos em forma de ossadas. Uma a uma vai surgindo. São seis, em uma distância de 15 quilômetros. As carcaças de crânios são a face mais clichê da estiagem, mas também a mais melancólica.
Os animais vivos estão fracos, magros. Muitos não aguentam e ficam “arriados” o dia inteiro. “Tem umas vacas que a gente precisa de cinco homens para levantar e, mesmo assim, não adianta. Elas tornam a cair e em pouco tempo acabam morrendo”, diz Domingos Lopes, 74, que enfrenta toda a arrogância do sol para salvar o que lhe resta.



Em pequenas propriedades como a de Domingos, os bichos se protegem debaixo do que resta de vegetação. Quando vê a nossa equipe, o chefe da família mete o facão dentro da bainha e inicia a sessão de lamúrias. Três cabeças do rebanho não resistiram e morreram dentro do seu terreno de 300 tarefas, em Sítio de Piau, a uns 30 quilômetros de Itiúba.

Água, só de um pequeno açude improvisado ali perto. Água ruim, tanto para gente quanto para bicho. “Às vezes, até o gado rejeita. É muito salgada”, afirma o velho criador, chegando próximo à cerca de arame farpado.

Para evitar mais mortes, seu Domingos, as duas filhas e um neto têm a difícil missão de retirar os espinhos dos mandacarus. São essas plantas que vão alimentar o gado daqui para frente, pelo menos enquanto não chove.“O mandacaru é somente para ir tapeando eles por enquanto. E a gente vai trabalhando debaixo do sol, furando a mão com os espinhos”, lamenta Domingos, que também tapeia a própria fome com um pedaço de pão seco. “É o meu lanche”, completa, refletindo a aspereza do próprio cotovelo e da boca partida à imagem do chão seco.

Inferno
As duas filhas falam ao mesmo tempo que o pai. “É muito sofrimento, meu filho. Quando vai voltar essa chuva, meu Deus?”, questiona uma delas. “Eu já tô aqui toda furada de espinho. Vida dos diabos, essa nossa. Isso aqui é pior que o inferno”, remoe a outra. Enquanto os três discorrem as desgraças, o cachorro late.

É Pirulito, um vira-lata bem preto que tem as costelas como as das vacas, e só para a zoada depois que recebe um esbregue. “Para, cachorro condenado!”, grita Domingos. “Deixa ele. É o território dele”, ouve de conselho. “Território seco do estopô, isso sim”, responde ele, pai de quatro filhas e... “Netos? Eu não sei quantos netos eu tenho, não”.

Difícil raciocinar debaixo de um sol daqueles. Não sabem nem dizer de que povoado pertencem. O mais lúcido é o menino, que tem uns 15 anos. “Aqui é Sítio do Piau”, informou, decidido. O carro tem ar-condicionado. É a salvação. “Poxa, a gente para cinco minutos e quase não aguenta. Imagine ficar horas nesse sol”, observa Eduardo, nosso motorista.



Em outras tantas paradas, a realidade é a mesma para muitos pequenos agricultores e criadores como Domingos. Tanto que, mais à frente, há outro animal morto. A diferença é que esse ainda está fresco. Flagramos os urubus refestelando-se com o que parecia ser o cadáver recente. Pelos sinais, o alazão morreu de sede. Na volta, até a carcaça de um tatu e os restos mortais de uma raposa são encontrados. Em alguns momentos, não só o céu, mas também a terra, são dos urubus.



‘Não ia guentar ver meu gado morrer de sede’
Ao meio-dia e alguns minutos, chegamos em Lagoa Grande, distrito de Retirolândia, microrregião de Serrinha. Mas, cadê as pessoas? O cenário é de uma cidade fantasma. Um silêncio assombroso. Fugiram todos da estiagem? Ainda não. O calor é tão intenso que estão trancados dentro de casa. A porta de uma delas se abre. Ouviram o barulho do motor do carro. “Vão chegando, gente”. É Laurindo Ferreira de Lima, 65 anos, praticamente puxando os forasteiros para dentro da residência. Com ele, outros três idosos, um bebê e uma jovem, todos sentados no chão. “É porque no chão é menos quente. A gente fica aqui proseando para passar o tempo. Não tem nada para fazer”, explica.

Se não tem gente nas propriedades do lugarejo, há ainda menos animais. Seu Laurindo, por exemplo, vendeu quase tudo o que tinha. Só ficaram algumas galinhas e poucas cabras. “Não ia guentar ver meu gado morrendo. É triste demais, moço”, justifica. O silêncio incomoda mesmo. “A gente, pra fazer barulho aqui, só se for pra chorar”, diz uma mulher. Não há mesmo muito o que falar quando a água está acabando. O caminhão-pipa passou há uma semana. “Vai acabar hoje. A partir de amanhã eu não sei o que vai ser”. Diante disso, em uma casa com idosos e crianças não se pensa duas vezes para pegar um litro de água mineral gelada no carro. Uma das mulheres levanta-se e segura a garrafa. Os olhos brilham.


Vacas magras e arriadas: o primeiro sinal de que a morte está próxima

(CORREIO)

IRECÊ - Teto de sala de aula da Escola ACM desaba; Prefeitura inicia reparos



Parte do teto de uma sala de aula do Colégio Antônio Carlos Magalhães, em Irecê, desabou nesse final de semana. A unidade escolar pertencia ao Governo do Estado e foi municipalizada em setembro de 2010. Em nota divulgada à imprensa, a Prefeitura afirma que os trabalhos de reparos já foram iniciados e técnicos estão avaliando as circunstâncias do desabamento.

“A Policia Técnica e a Defesa Civil estiveram no local com técnicos da Secretaria Municipal de Infraestrutura para avaliar as causas do desabamento. Em avaliação preliminar ficou constatada que apenas parte da cobertura foi abalada”, diz um trecho da nota. (Irecê Repórter)

Sete pessoas são degoladas em fazenda de Doverlândia, Goiás.


Sete pessoas foram degoladas na noite de sábado (28) em uma fazenda a 43 km do município de Doverlândia, no sul de Goiás, a 413 km da capital. De acordo com a Polícia Militar, as vítimas são o dono da propriedade rural, que tinha 57 anos, o filho do proprietário, 22 anos, um vaqueiro da fazenda, 34 anos, um amigo do fazendeiro, de 51 anos, a esposa desse amigo, 65 anos, o filho desse casal, de 22 anos, e a sua esposa, 24 anos.

De acordo com o segundo sargento da Polícia Militar (PM), Divino Celso Teles, em Doverlândia, a polícia soube da chacina às 21h30 e que, certamente, os assassinatos foram cometidos mais cedo. A polícia foi acionada pelo cunhado do dono da propriedade rural. “No momento, não é possível falar sobre as causas do crime. Pelo que foi observado, nada foi revirado. O autor, ou os autores, parece ter ido ao quarto do fazendeiro e se aproximado de uma mala, mas parece que nada foi levado”, diz o sargento.

De acordo com a PM, o cunhado do dono da fazenda estava pescando na propriedade quando o filho de 14 anos do vaqueiro assassinado foi chamá-lo para dizer que o seu pai e outras pessoas estavam desaparecidas. Quando se aproximaram da casa, viram que só havia uma lâmpada ligada. Depois, viram os corpos do dono da propriedade rural e o do filho estavam no banheiro. Os demais corpos foram localizados na manhã deste domingo (29), em uma estrada vicinal, próxima à fazenda.

Segundo informações da polícia, até onde se sabe, as famílias mortas eram de pessoas “extremamente trabalhadoras” e ainda não há indícios sobre a motivação para os homicídios. Conforme informações iniciais da polícia, o proprietário do imóvel e o filho foram os primeiros a serem assassinados. Os outros teriam sido executados como uma forma de eliminar testemunhas.

O PM relatou que, além do corte no pescoço, o dono da fazenda teria também perfurações do lado direito e do lado esquerdo do peito. O fazendeiro e o filho foram arrastados para o banheiro. “As outras vítimas parecem ter sido mortas quando chegavam à fazenda. Depois, elas foram arrastadas para uma estrada perto da propriedade rural”, conta o segundo sargento.

O segundo sargento Divino Celso Teles contou que a chacina chocou a cidade de Doverlândia, que tem 7.892 habitantes, conforme o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML) de Iporá, a 234 km de Goiânia, no centro do Estado.

G1