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“Eu não imaginava que nada mais pudesse ser criado de novo nessa área. Mas eu queria fazer algo que chamasse a atenção. Então, veio a ideia de criar uma página da nossa cidade, para que o nosso povo usasse e se conhecesse”, diz o Zuckerberg de Feira, que prefere não se identificar. O idealizador, formado em Sistema de Informação pela Unisa (Universidade Santo Amaro - SP), conta que foi se inspirando nos grandes nomes da web, como Bill Gates, e na necessidade de participar de alguma maneira desse movimento global.
“Trabalhava em um escritório financeiro. Saí para fundar um negócio próprio, no ano de 2009. Quando vi o filme a Rede Social foi definitivo. Como sou cristão, pedi muito a Deus. Aí o Feirabook nasceu no dia 6 de março de 2012 e, nesta semana, iniciamos a nossa divulgação. Está sendo maravilhoso o retorno”, diz.
Desde o começo da rede, foram mais de 3.600 visualizações e abertura de 300 novas contas. O número é pequeno se comparado aos mais de 800 milhões do Facebook, mas passa longe de ser irrelevante. “A questão é que nosso foco são os feirenses. Você pode ter 900 amigos no Face, mas fala, convive e vê poucas pessoas. Seus amigos mais íntimos, seus vizinhos, colegas de trabalho. Todos vivem na mesma cidade. E juntamos isso nesse grupo menor”.
Para fazer parte da nova onda, o procedimento é similar ao das outras redes: e-mail, senha, dados pessoais, enfim, um cadastro básico.
Quem não reside na Princesa do Sertão também pode participar. É que o autor do Feirabook quer que sua rede funcione pelo mundo virtual afora ligando usuários que possuam qualquer vínculo e/ou interesse com o município.
Uma das diferenças mais visíveis, depois de criado o perfil, é a Timeline. No lugar das informações exclusivas dos amigos/contatos adicionados, aparecem as atualizações de todos os participantes das redes: álbuns, fotos, comentários, o famoso “curtir”, interações. Se quiser mais privacidade (a política de privacidade é, inclusive, livremente baseada na do Facebook), o usuário precisa configurar a página pessoal.
Há, entretanto, quem prefira o compartilhamento pleno das informações. “No caso de uma rede menor como Feirabook, as atualizações de todos fortalecem os nossos laços. A gente termina até descobrindo quem é nosso vizinho, como o nosso colega pensa, um desconhecido que é nosso vizinho”, sustenta Genilson Ribeiro dos Reis, 28 anos, estudante de Economia na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).
Outra diferença é a parte dos classificados. Qualquer feirense pode expor seus produtos, adquirir outros e vender serviços sem cobrança. O usuário também pode fazer o upload direto das músicas que costuma ouvir para a página pessoal, deixá-la armazenada e acessível. A rede é integrada ao Facebook, possibilitando ao usuário que já possua uma conta na “rede-mãe" se conectar diretamente.
É possível também votar nos perfis considerados “mais influentes”, o que gera uma visibilidade extra ao internauta, e também criar os famosos grupos/comunidades. A mais comentada, até o momento, é a Nerds e Geeks FSA, com oito membros, destinada aos jovens feirenses com “mais 20 anos que ainda moram com a mãe, são loucos por videogames, desenhos animados, e tecnologia”.As informações são do Correio.
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