A aposentada Maria Rita de Almeida, de 87 anos, que mora em Cuiabá, declarou ao G1 que tem como missão de vida cuidar da mãe que está com 115 anos de idade. Após seis décadas de busca, Maria Rita conseguiu reencontrar a mãe, dona Maria Alexandrina, que estava em Corumbá (MS), e a trouxe para morar em sua residência, localizada em Cuiabá. “Agora não a deixo mais. Vou zelar por ela até o fim dos meus dias”, declarouDona Maria Rita saiu da capital junto com filhos, no dia 1º, e foi até uma comunidade da zona rural de Corumbá atrás da mãe que não via há 62 anos. Após percorrer mais de mil quilômetros de ônibus, eles encontraram Maria Alexandrina na residência de um neto.
Após alguns dias no local, a família decidiu trazer a centenária para Mato Grosso por conta da falta de estrutura e condições precárias em que ela se encontrava. “Ela precisa de cuidados especiais, pois é muito idosa. Não poderia deixá-la e também não quero ficar mais longe da minha mãe. Por isso decidi trazê-la para morar comigo”, contou a filha Maria Rita ao G1.
A chegada da nova integrante da família ocorreu na última quinta-feira (8). Desde então, a casa onde a aposentada Maria Alexandrina está não fica mais vazia. No final de semana, por exemplo, foi o momento em que parentes e amigos aproveitaram para conhecê-la. A família conta que são 15 netos, 56 bisnetos e 95 tataranetos.
Eu pedia para Deus cuidar dela nesse tempo"
Maria Alexandrina, de 115 anos
Com poucas palavras, a matriarca da família expressou sua felicidade. “Estou muito feliz. Eu pedia para Deus cuidar dela [filha] nesse tempo”, disse Maria Alexandrina, de 115 anos, sobre Maria Rita. Apesar da idade, a idosa tem boa saúde, mas ainda apresenta certa dificuldade para se lembrar dos oito filhos.
Agora, a família quer ampliar a casa, que fica no bairro Getúlio Vargas, e melhorar as condições para que a centenária receba os cuidados necessários.
Distância
O contato se perdeu quando Maria Rita se casou e partiu com o esposo para uma fazenda em Mato Grosso do Sul. Depois, se mudaram para uma outra fazenda, localizada na região do Pantanal, já em Mato Grosso, onde permaneceram por mais de 20 anos. Mas ela ficou viúva e foi somente depois disso que decidiu morar em Cuiabá com um filho.
O contato se perdeu quando Maria Rita se casou e partiu com o esposo para uma fazenda em Mato Grosso do Sul. Depois, se mudaram para uma outra fazenda, localizada na região do Pantanal, já em Mato Grosso, onde permaneceram por mais de 20 anos. Mas ela ficou viúva e foi somente depois disso que decidiu morar em Cuiabá com um filho.
Maria Rita relata que ficou sem contatos porque na época não havia qualquer meio de comunicação disponível. “Cheguei até a mandar carta, mas nunca obtive respostas. Me disseram uma vez que a minha mãe e irmãos já tinham morrido e isso me abalou muito naquele momento. Mas não desisti porque sempre tive a esperança de encontrá-los”.
Tentativa
A filha Vanilda Fancolina, de 47 anos, foi quem desafiou a distância, o tempo e não desistiu de procurar a avó e as tias. Moradora do município de Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá, ela revelou ao G1 que nos últimos três anos buscou ajuda com uma equipe da Marinha de Mato Grosso do Sul, que sempre realiza atendimentos na comunidade ribeirinha, no município, no mês de fevereiro, como também em Corumbá.
A filha Vanilda Fancolina, de 47 anos, foi quem desafiou a distância, o tempo e não desistiu de procurar a avó e as tias. Moradora do município de Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá, ela revelou ao G1 que nos últimos três anos buscou ajuda com uma equipe da Marinha de Mato Grosso do Sul, que sempre realiza atendimentos na comunidade ribeirinha, no município, no mês de fevereiro, como também em Corumbá.
“A equipe vai somente uma vez por ano na região. Sempre conversava com eles [Marinha] sobre meus familiares. No entanto, somente no terceiro ano, no último dia 10 de fevereiro de 2012, foi que um capitão me passou um telefone que poderia chegar até eles [família]”, disse.
Vanilda disse que o número era de uma escola que ficava no assentamento. Após muitas ligações e informações, segundo ela, com relação ao sobrenome dos familiares e à possibilidade de alguém morar no local, foi que chegou até o telefone das tias.
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